quarta-feira, 15 de julho de 2015

Opressão Estética e Você Que Se Acha Gorda Sem Ser


"Não, você não é gorda. E não, isto não é um elogio." É o que gostaria de falar para muitas moças que nos enviam fotos dizendo que são gordas e querem postar suas fotos no álbum de "Curtidoras Gordas" da página . Eu um dia já fui como vocês, pesava 70kg com 1,68, vestia 40/42 e me achava muito gorda, enorme, gorda mesmo. O que eu não sabia na época é que estava me vendo, enxergando meu próprio corpo de forma distorcida, como muitas magras hoje também enxergam. Eu tive esse estalo e inspiração para escrever este texto ao receber as fotos das curtidoras para o álbum da página CanalGorDivah onde colaboro.

E à primeira vista me preocupou muito ver tantas moças com pouco  sobrepeso se achando gordas, mas foi só abrir alguns portais e ver a raiz de tanta distorção ao enxergar a si mesma: a mídia incita mulheres a se enxergarem de forma distorcida, a se depreciarem ao olhar corpos que não parecem capas photoshopadas de celebridades que podem gastar horrores em tratamentos estéticos. A mídia vomita opressão estética na sua cara todo dia, mas entenda que agir com preconceito consigo mesma por causa do corpo que você tem, não é nada legal pra você. E agir de modo gordofóbico com outras pessoas gordas, obesas NÃO ajuda em nada! Não ajuda os outros e nem a você!



Enxergar a si mesma de forma distorcida é tudo que a indústria da beleza e  mídia esperam de você. E também esperam que você vire um fitness fanático e principalmente gordofóbico e opressor da estética alheia. Eu fico impressionada ao ver tanta gente criticando o corpo de outras mulheres, como se todas nós tivéssemos a obrigação de ser clones loiras, magras e saradonas. E criticam celebridades com tanto furor que parece até que as pessoas xingadas comem criancinhas no café da manhã. E daí que a fulana famosa foi à praia e fotografaram celulites, mulheres tem celulites. E daí que a outra foi caminhar e na foto aparecem as estrias dela. Homens também tem estrias gente!



E quando eu achei que já tinha visto de tudo, eis que zapeando vejo uma matéria sobre grávidas que malham pesado no CrossFit com 5 meses de gestação, mulheres que se recusam a tirar fotos deste momento pois não aceitam registrar sua imagem com uma barriga grande, pois se acham "sapas", cara quando eu ouvi uma ex-apresentadora falando isso eu viajei e imaginei a cena: a criancinha  perguntando mamãe por que não tem foto sua comigo na barriga? O que será que essa mãe responderia? E a tal moça já tinha uma filha. Eu juro que fiquei com medo do futuro, que mulheres e homens teremos no futuro? Se nem aceitar barriga de gravidez aceitam mais, quanto mais barriga de gordura!



Eu já sofri opressão estética mas nunca fui gordofóbica com os outros. Nunca fui de ficar policiando a aparência de ninguém, nem de amigos ou namorados. Eu compreendo que isso dói, ser oprimida esteticamente, mas não se compara ao que passo hoje por conta da gordofobia. Não caber na sociedade é diferente de ser apenas criticada por não ter um corpo 0% de gordura. Não tenho intenção de diminuir o sofrimento de alguém mas sim de dar um estalo pra outro ponto de vista. Se você que sofre opressão estética acha isso ruim sem ser gorda/obesa, imagina se além disso você não coubesse em alguns lugares, tivesse acessibilidade negada para ir e vir, se divertir, locomover, realizar exames! Uma coisa é criticarem algumas partes de seu corpo, outra é te atacarem com raiva por você ser gorda e ter dificuldade para fazer coisas simples do dia a dia como passar numa roleta, sentar num banco no transporte público, fazer exames médicos, ser olhada na rua como se fosse uma criatura mítica, etc.

Enfim, por favor, entenda, aceite e repense: opressão estética é uma coisa e gordofobia é outra, mais profunda, ampla, criminosa, preconceito é teoricamente punido por lei nesta "magrocracia" em que vivemos. E digo magrocracia porque na prática não existe democracia para gordos!







Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

terça-feira, 14 de julho de 2015

Aniversário Canal GorDivah


Povo! Eu me dei conta há uns dias atrás (sim os últimos posts foram programados) que o canal faz 1 ano e dois meses este mês! Dá pra creditar nisso? Eu ainda acho que tô sonhando e que mais de 956 inscritos é delírio rs Eu comecei o canal de forma despretensiosa,mais como uma forma de extravasar desabafos e comentários sobre gordofobia. Antes de decidir gravar eu imaginei fazer Podcasts, ensaiei uns áudios, mas achei que poderia fazer mais, mesmo sem entender nada de edição, produção de vídeos eu decidi em jogar no mundo dos youtubers. Olha meu primeiro vídeo que foi feito para o canal mesmo:



O que dizer depois de tanto tempo e tanta coisa? Só posso agradecer a vocês e falar que ainda há muito a ser dito. Foram inúmeros comentários e mensagens respondidas e recebidas com muito carinho e alegria e alguns episódios de gordofobia também nos comentários, mas o mais  importante disto tudo foi ouvir  "você me ajudou, obrigada". Desde o início o meu objetivo foi ajudar outros gordos, não tenho pretensão, ambição pra ter números e mais números, não ligo pra quantidade e sim pro bem que faço. Os números que me interessam são os do meu contracheque kkkkkk

Agora que vocês já assistiram o meu primeiro vídeo feito para o canal, sim tem um que gravei antes para postar no blog após participar de um dia de modelo, mas não tinha a ideia de fazer um canal mesmo naquele momento com vários vídeos e tags. eu coloco abaixo o último que subi para que possam comparar como algumas coisinhas mudaram.










Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

Mulher morre após se submeter a dieta radical e perder 45 quilos em menos de seis meses

Matéria do EXTRA sobre a Cíntia que infelizmente faleceu há poucos dias. Nossos sentimentos à família.


Segundo amigas, Cintia consumia apenas 400 calorias por dia. Foto: Reprodução / Facebook
Emagrecer em pouco tempo é o desejo de muitas mulheres. Para atingir o objetivo, algumas acabam adotando dietas radicais, sem acompanhamento médico, que podem terminar de forma trágica. Foi dessa forma que a consultora Cintia Cunha, de 37 anos, morreu no último domingo. Segundo amigas próximas, a mulher, moradora da Zona Leste de São Paulo, iniciou uma dieta rigorosa em fevereiro, ingerindo apenas 400 calorias por dia - quando o ideal para as mulheres é consumir cerca de 2 mil diariamente. Após meses de internações em hospitais por conta de uma anemia profunda e infecções, ela acabou morrendo.

A overloquista Lucilene Peters conheceu Cintia no ano passado através do Facebook. As duas faziam parte de um grupo na rede social voltado para homens e mulheres acima do peso que, segundo ela, tem o objetivo de ajudar as pessoas a lidar com a obesidade. Segundo Lucilene, a obsessão de Cintia em emagrecer foi impulsionada em fevereiro, após ouvir de um rapaz que “era gorda e não conseguiria nada na vida dessa forma”. Na época, a mulher pesava cerca de 115 quilos, e já havia emagrecido uma parte dos 45 quilos.

- Depois desse comentário, ela surtou. Quis emagrecer a qualquer custo. Começou, então, a fazer uma dieta muito severa por conta própria, sem acompanhamento médico, à base de 400 calorias por dia. Ela só tomava suco, não comia mais nada, dizia que era para desintoxicar o organismo. O que aconteceu foi que a imunidade começou a baixar e, como já tinha problemas de saúde decorrentes da obesidade, ficou anêmica - conta a amiga.

Ela começou a dieta radical após ouvir de um homem que "era gorda" e que "não conseguiria nada na vida dessa forma". Foto: Reprodução / Facebook

Segundo Lucilene, a primeira internação foi em março e, a partir daí, os problemas só foram aumentando.

- Ela entrou no hospital com anemia e, como estava fraca, os problemas só foram aumentando: adquiriu uma infecção, pneumonia e teve problemas no fígado e no coração. Cada hora era uma coisa, passava dois, três dias em casa e já voltava ao hospital. Mesmo assim, ela nunca reclamou de sua condição, estava sempre sorrindo - lembra Lucilene.
A comerciante Madlon Tavares também fazia parte do grupo de apoio no Facebook. Segundo ela, além dos problemas causados pela dieta, Cintia sofria com os problemas decorrentes da obesidade mórbida.

- Ela era hipertensa, tinha a pressão alta e era diabética. Sua perna chegou a ficar paralisada. Sentia muitas dores nas pernas, as articulações estavam muito desgastadas - lembra.
Os últimos meses foram de muita luta para Cintia. Segundo Lucilene, a amiga já não respondia às medicações e, como sentia muitas dores, vivia à base de morfina. Além disso, também não conseguia mais se levantar da cama. A morte ocorreu na madrugada de domingo, após entrar em coma e sofrer falência múltipla dos órgãos.

No dia anterior à morte, parentes avisaram às amigas que Cintia estava com uma infecção grave na perna e no pulmão e que os rins não funcionavam mais. Foto: Reprodução / Facebook
- Ela era uma pessoa muito iluminada, sempre disposta a ajudar os outros. Estava sempre sorrindo, colocava todos para cima. Antes dessa dieta louca, chegou a fazer um acompanhamento nutricional, mas acho que ficou muito abalada com o comentário do rapaz sobre seu peso. O erro dela não foi querer emagrecer, foi fazê-lo da forma errada, muito rapidamente, e todo mundo sabe que não é saudável - diz Lucilene.
Madlon destaca que a mulher sempre foi muito confiante, e que, mais do que qualquer coisa, queria emagrecer para ter qualidade de vida.
- Ela era muito bem resolvida, uma pessoa muito positiva. Dizia que não aceitaria que ninguém a colocasse para baixo. Tinha a autoestima muito boa. Mas, apesar disso, seu psicológico foi abalado com o comentário daquele homem. Acabou ficando deprimida - conta, destacando que a amiga perdeu 19 quilos em apenas 10 dias.
No dia 17 de abril, quando estava internada em um hospital, Cintia gravou um vídeo e o divulgou em sua página do Facebook. Durante a gravação, ela alertou que “isso era resultado de um emagrecimento rápido, sem saúde e feito por conta própria” e que estava com “anemia profunda” e com “os órgãos em falência”: “um dia, uma pessoa me falou que eu não seria ninguém se fosse gorda. E aí o que aconteceu? Emagreci 45 quilos em menos de seis meses. E o resultado é esse: vivo internada na UTI, doente e com risco de vida. Temos que procurar nos amar como somos. Se alguém quer emagrecer, acho que tem que fazê-lo por causa da saúde, e não motivado pela opinião alheia”, desabafou a mulher. O vídeo foi compartilhado mais de de sete mil vezes e teve quase 700 mil visualizações.

Vídeo foi compartilhado por mais de sete mil internautas. Foto: Reprodução / Facebook

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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Até Logo


Quem acompanha o blog há um tempinho ou já leu algumas matérias sobre mim sabe que sou uma sobrevivente do câncer, ainda não tive alta e nestes 3 anos que sobrevivi enfrentei altos e baixos na minha saúde, tive alguns grandes sustos e períodos de suspense mortais quando aguardava resultado de exames ou simplesmente quando passava mal ou sentia dor na região onde tive o câncer. Vira e mexe dou uma sumida pra focar em algumas questões pessoais que podem ou não ter relação com minha saúde física. Eu sou o tipo de pessoa que precisa ás vezes de silêncio, exílio e assim concentrar toda energia para vencer o desafio que estou vivendo.

Eu estou meio sumida das redes pois estou num momento que requer toda minha  atenção focada em mim para que possa resolver tudo que preciso da melhor maneira possível. Estou acostumada com mares turbulentos, mas confesso que há tempos não lido com ondas tão grandes e fortes. Caso precisem falar algo urgente comigo e seja alguém próximo, me chame no whatsapp ou lá no inbox da página mesmo que alguém me avisará e eu assumirei o inbox pra falar com você.

Então é isso pessoal, por enquanto é só, o trabalho continua, mas com a ajuda de amigos e uns posts/vídeos/imagens que deixei programados. Isto é temporário, acredito que em 10 dias eu devo estar de volta, blz? Comportem-se na minha ausência kkkk!






Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

Gordofobia é CRIME sim!

Povo gordofobia é crime, não aceitem mais este preconceito. Não pratiquem isso com outras gordas, seus comentários preconceituosos podem fazer muito mal a muita gente e você pode acabar presa por causa de tanta intolerância!  E caso você tenha o costume de ofender pessoas online, se ligue e mude ou poderá ser preso ou pagar uma multa!


Crimes contra a honra nas redes sociais

Está se tornando cada vez mais frequente o ingresso de ações judiciais envolvendo crimes praticados em redes sociais, especialmente, Facebook, Instagram, e aplicativos como Whatsapp, entre outros. Na maioria dos casos, ações judiciais envolvendo crimes contra a honra, ou seja, crimes de calúnia, difamação e injúria, previstos nos artigos 138139 e 140 do Código Penal Brasileiro.



É importante fazer uma distinção entre estes três crimes, para assim poder identificá-los e visualizá-los. O crime de calúnia (art. 138CP), configura-se quando o indivíduo atribui falsamente a outro, um fato definido como crime, ou seja, a pessoa é acusada de um crime que não ocorreu ou o crime pode ter sido praticado, mas a pessoa não tem nenhum tipo de responsabilidade ou envolvimento em relação a ele. O crime de difamação (art. 139CP), configura-se quando é atribuído a uma pessoa um fato ofensivo à sua reputação, de modo que não a torne merecedora de respeito no convívio social. Atinge a honra objetiva da pessoa, ou seja, “queima o filme” dela, tornando-a mal vista perante terceiros ou uma sociedade. O crime de injúria (art. 140,CP), por seu turno, configura-se com a ofensa à dignidade ou ao decoro de uma pessoa, mediante xingamento ou atribuição de qualidade negativa, ou seja, quando o indivíduo ofende, insulta, fala mal de outro, de modo a abalar o conceito que a vítima tem de si própria, atingindo, portanto, a autoestima.
É importante registrar que estes crimes dizem respeito à opinião de terceiros no tocante aos atributos físicos, intelectuais e morais da pessoa, ou seja, quando falamos que determinada pessoa tem boa ou má reputação no meio social, referindo-se a seus conceitos perante a sociedade; e referem-se também à opinião que a pessoa tem de si mesmo, atingindo seu amor próprio, sua autoestima. A honra nada mais é do que o conjunto de qualidades físicas, morais e intelectuais do ser humano, que o fazem merecedor de respeito no meio social em que vive. Honra, melhor dizendo, é um sentimento natural, inerente a todo ser humano, cuja ofensa produz uma significativa dor psíquica, um abalo moral, geralmente acompanhados de atos de repulsão ao ofensor.
A honra, portanto, é patrimônio moral do indivíduo, considerado direito fundamental do ser humano, conforme estabelece o artigo , inciso X, da Constituição Federal, sendo invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Desse modo, a liberdade de expressão (que é o direito de expor livremente opiniões, pensamentos e ideias), encontra limitações, conforme visto em nossa legislação. Cada um tem direito a ter sua opinião, contudo, será responsável pela exteriorização desta opinião. Nem tudo o que se exterioriza é protegido pela lei, a exemplo dos xingamentos e ofensas à honra do indivíduo, que podem ser punidos.
Portanto, publicações com conteúdos ofensivos em redes sociais e aplicativos, que vem se tornando cada vez mais frequentes, também estão sendo alvo do ingresso de ações judiciais, sejam indenizações de cunho moral ou patrimonial, sejam ações criminais, devido aos excessos indevidos da liberdade de expressão e à proteção que a lei assegura à honra do indivíduo, sendo importante consignar que as redes sociais e aplicativos tem grande alcance de público, tornando a exposição da pessoa, o dano e suas consequências ainda maiores. Fiquem atentos!
Artigo também disponível no site http://www.melorodrigues.com/
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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

Origem do dia Do ROCK - 30 ANOS!


E não foi só lá na página que rolou posts especiais com este tema!
Apesar de comemorar a data desde que me entendo por gente eu nunca tive a curiosidade de pesquisar a origem da celebração, então decidi pesquisar e compartilhar com vocês o que eu achei, pois ROCK não é apenas um estilo musical com várias vertentes, mas um estilo, filosofia de vida! Liberdade e Expressão pra mim são as bases dele. 
Eu sempre ouvia nas rádio rock que escutava "hoje, 13/7 é dia do rock" e celebrava ouvindo a programação que nesse dia era mais diversificada.
Como deveria ser, a data que é apenas comemorada no Brasil, nasceu de um mega evento o LiveAid realizado em 13/07/1985, trinta anos atrás, que tinha por objetivo arrecadar fundos e assim ajudar os famintos da Etiópia. Sonho com o dia em que veremos  grandes festivais como este em favor dos mais necessitados, mas isso é história pra outro post. E olha que máximo, 13/7 também é a data, 13/07/1962, de formação do Rolling Stones


Queen no Wembley :





O evento foi organizado por por Bob Geldof, compositor, humanista e vocal da banda BoomTown Rats e Midge Ure (após assistir um documentário sobre a fome na Etiópia, no qual mostrava pessoas em condições subumanas, sem força até para espantar as moscas do  próprio corpo). Os shows rolaram em: Londres e Filadélfia, . A transmissão foi realizada pela BBC para MAIS DE 140 países. 


As apresentações tiveram início ao meio dia em Londres, tendo o Status Quo iniciado o evento. 
O dia ficou na história e muita gente acabou indo junto, esse foi o caso do ex- integrante do Gênesis, Phil Collins. 


Ele foi o único artista a apresentar na edição inglesa e americana do Live Aid. O músico tocou duas músicas e fez dueto com Sting, no estádio de Wembley. Em seguida, viajou para Filadélfia de Concorde e tocou novamente as mesmas canções.


Em sua totalidade, foram mais de 16 horas de música, nas quais mais de 60 artistas se uniram e se apresentaram. Confira abaixo, a lista de artistas e bandas que fizeram história no dia 13 de julho de 85, na ordem em que tocaram no festival.

Show no JFK, Filadélfia:


Bernard Watson - Joan Baez - The Hooters
The Four Tops - Billy Ocean - Black Sabbath - Run DMC - Rick Springfield
REO Speedwagon - Crosby, Stills e Nash
Judas Priest - Bryan Adams - Beach Boys
George Thorogood & the Destroyers (com Bo Diddley & Albert Collins) - Simple Minds - The Pretenders - Santana (e Pat Metheny) - Ashford & Simpson e Teddy Pendergrass - Madonna - Tom Petty
Kenny Loggins - The Cars - 
Neil Young
Power Station - Thompson Twins (e Madonna) -  Eric Clapton - Phil Collins - Robert Plant, Jimmy Page & John Paul Jones
Mathilde's Massacre  - Foto: Reprodução/Facebook
Duran Duran
Patti LaBelle - Hall & Oates (com Eddie Kendricks & David Ruffin)
Mick Jagger (e Tina Turner) - Bob Dylan, Keith Richards e Ron W

Show em  Wembley

Status Quo - Style Council
Boomtown Rats - Adam Ant - Ultravox - Spandau Ballet
Elvis Costello - Nik Kershaw
Sade - Sting - Phil Collins (e Sting)
Howard Jones - Bryan Ferry
Paul Young (e Alison Moyet)
U2 - Dire Straits (e Sting)
Queen - David Bowie
The Who - Elton John (com Kiki Dee e Wham) - Freddie Mercury e Brian May  - Paul McCartney 

                                                                                                                


Achei um artigo interessante da Folha que sugere dez datas alternativas para a comemoração deste dia, quem quiser conferir é só ler aqui.                 
                       
Algumas canções foram lançadas para arrecadar fundos para a causa maior do Live Aid: o combate à fome que assolava a África. Mas a grande canção, que é lembrada até hoje como o símbolo dessa luta é “We Are The World”, composta por Michael Jackson e Lionel Richie, que contou com a participação de grandes nomes da música pop/rock como Cyndi Lauper, Tina Turner, Diana Ross e Stevie Wonder.




Relembrando alguns dos melhores momentos, para aqueles não nascidos na época ou pequenos demais pra se ligar em música:

Black Sabbath


Paul McCartney



Judas Priest



Led Zeppelin com Stairway To Heaven:



                                                                                           
  Tina Turner & Mick Jagger                            




The Who



George Thorogood & The Destroyers






David Bowie 


Queen & Annie Lennox & David Bowie



The Pretenders



Status Quo


Dire Straits


Beach Boys




Se você chegou até aqui parabéns, realmente você tem uma metal love story com o ROCK! Eu ainda teria colocado mais vídeos, mas, eu esgotaria o material pra outros anos kkkk. Não seria ótimo ver isso de novo no mundo? Imagina se o rock In Rio fizesse isso! Mas acho que o difícil mesmo seria encontrar "astros do rock" dispostos a fazer isso, dizem as más línguas que o Bruce Springsteen que era o tal na época não aceitou participar, e acredito que pouquíssimos topariam isso hoje em dia, mas não custa nada sonhar né! Sonhar com um rock mais social, engajado como o rock brazuca dos anos 80, mas de novo, isso é assunto pra outro post.










Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

domingo, 12 de julho de 2015

Deixem minha calvície em paz: sobre opressão estética e financiamento de pesquisas


                                                                                                            Por Hugo Sousa da Fonseca


Zymo HSOR, Minoxidil, Finasterida, 17 Alfa Estradiol, Fitoterápicos, Vitaminas e minerais, Xampu de Cetoconazol, Gel FF, Revivogen, Auxina, L-Carnitina. Junto às inúmeras simpatias mais empíricas, eis o rol de indicações que nós calvos sempre recebemos das pessoas. Já reparou que todo mundo tem uma saída infalível pra esse monstro que é ficar careca? Na maioria das vezes nem perguntamos nada, mas todo mundo sempre se acha responsável por não só apontar sarcasticamente uma queda de cabelo evidente, mas também por indicar algum medicamento para que ela pelo menos esteja amenizada.
Comecei a apresentar esses temerosos sintomas aos 17 anos e por isso já ouvi muita coisa desse tipo. Passei por alguns médicos, rezas das mais fiéis e uma coisa me chocava: as inconvenientes pessoas que me abordavam estavam sempre mais preocupadas com esse “problema” do que eu mesmo. Aliado a isso, um bombardeamento de campanhas publicitárias me deixava numa saia-justa enorme, tentando me fazer crer que havia algo de muito errado comigo.
Iniciei alguns tratamentos e nunca entendi a real necessidade de ingerir aqueles remédios que até os médicos afirmam: não vão resolver porra nenhuma. Talvez algumas piadinhas e comentários ofensivos me fizessem naturalizar minimamente aquela rotina, pois a resposta mais óbvia à zoação é a tentativa de sair da condição de pessoa calva. Mas o fato é que nunca refleti seriamente sobre a necessidade de tamanhos gastos em uma droga que deveria me fazer alguém melhor(?). Eu pulava alguns dias, me esquecia de tomar o bendito remédio, até tentava cotidianizar aquela preocupação, mas às vezes eu fracassava.
Mais uma vez, a sensação era de que havia algo de muito errado comigo porque ao meu redor o medo da calvície era sempre um assunto pautadíssimo. Assim, por mais que eu resistisse, esse medo também me molda(va). Enquanto escrevia esse texto, numa folga entre uma frase e outra, meu facebook sugere um produto através da seguinte manchete: Produto que Fortalece o Cabelo e Acelera o Crescimento em 350% Chega Ao Brasil¹. No anúncio, a seguinte introdução: “Apesar do dizer “é dos carecas que elas gostam mais”, uma pesquisa na inglaterra confirmou que 76% das mulheres entre 25 e 40 anos preferem um homem com cabelo à um careca.”  Sem aprofundar na problematização da forma cis-sexista e heteronormativa com que a propaganda trata atração sexual e amorosa, é risível uma pesquisa com resultados tão óbvios. A ideia é forçar a venda de um produto, colocando alguns números para dar alguma credibilidade.
A queda de cabelo é vendida como uma situação que te deixa mais feio, menos charmoso, menos atraente e toda essa lavagem cerebral acaba estruturando a forma como lidamos com o nosso próprio corpo. É torturante ver fotos expostas com tamanho sensacionalismo, que colocam sempre um Brad Pitt em oposição a um calvo, naquele formato Antes e Depois. Os remédios cumpririam a função de inclusão no padrão de beleza. A gente se sente mal e, obviamente, esses 76% de mulheres que “preferem” homens com cabelos também passam pelo mesmo processo simbólico.
É importante observar que há muito tempo a militância dos diversos movimentos negros organizados problematiza a relação entre cabelo e identificação com o próprio corpo. A opressão pelos cabelos no caso da negritude se dá num nível maior de complexidade, é reflexo de uma opressão estruturante da nossa sociedade, mas podemos aprender com algumas reflexões já feitas pra tentar entender como se dá o processo de auto-estima de corpos que desviam do padrão esteticamente aceito pela sociedade. Minha intenção não é fazer uma crítica simplista às pessoas que fazem tratamento para calvície porque não lidam bem com ela. Eu sei como é foda! Um último texto² que vi no Blogueiras Negras trazia um parágrafo que traduz o que eu quero dizer:
Eu concordo e defendo a bandeira de que o corpo é seu e de que você tem o direito de fazer o que quiser com ele, mas, por favor, reflita antes de tudo: O que você tem feito é por que você quer? Se você quer, o que te motiva a isso? Se no final, a resposta te levar a um padrão de opressão, tá tudo errado. Acredito que o mesmo vale pra quem tem o cabelo liso ou encaracolado e quer a todo custo “baixar” o volume. Quem foi que te disse que o volume precisa ser baixo? O alto é muito mais divertido. Não acredite que você precisa recorrer a produtos esdrúxulos periodicamente pra ter um cabelo legal. O padrão racista adotado na indústria cosmética não quer que você resista ou perceba o quanto ela oprime a nossa identidade.
Esse é o ponto: enquanto nos mutilamos, não apenas fisicamente, a indústria cosmética vai se beneficiando; enquanto a imagem do cabelo afro é destruída a $alvação do alisamento vem por um preço bem caro. É impressionante o espaço que pesquisas de alisamento, de combate à calvície e também de emagrecimento têm hoje não apenas na publicidade, mas no próprio processo de fomento a pesquisas. Parece meio clichê de esquerda dizer, mas não há como não observar: a ciência de hoje tem violentado corpos, porque está envolvida exclusivamente com as demandas do mercado. Não foi nenhum comunista que alertou recentemente, foi Bill Gates: o capitalismo significa que há muito mais pesquisa sobre a calvície masculina do que em doenças como malária, que afetam majoritariamente as pessoas mais pobres. Ele ainda acrescenta:  “A vacina contra a malária é a maior necessidade. Mas quase não tem financiamento. Mas se você está trabalhando com a calvície masculina ou outras coisas você pode conseguir mais recursos para pesquisa por causa da voz que tem no mercado, mais que algo como a malária”.
Nesse sentido, é urgente que questionemos a que(m) tem servido esse ~conhecimento~ produzido nos laboratórios. Nas Universidades, essa lógica de mercado ainda exerce influência absurda frente às/aos pesquisadoras/es, secundarizando inúmeros experimentos comprometidos com problemas concretos da sociedade. Públicas ou privadas as Universidades devem estimular processos de mudança social e se referenciar na realidade a cada página escrita ou conta feita.
A educação no Brasil é uma história de privilégios, de manutenção de interesses dominantes: é hora de fazer diferente. A ciência tem responsabilidade social e por isso não é aceitável que as necessidades humanas sejam moeda de troca, instrumento de lucro. É bandeira histórica do Movimento Estudantil a reivindicação por financiamento público de pesquisa nas Universidades, como forma de superação dessa ingerência do mercado na produção acadêmica. Esse grito discente por liberdade na academia representa uma concepção mais ampla de projeto de sociedade, mas também visa combater opressões diárias que acontecem. Priorizar o mercado é inviabilizar que o ~progresso~ da ciência signifique um avanço pras as PESSOAS. Financiar o tratamento da calvície é um efeito simbólico violento sobre os calvos, mas também é uma resposta omissa frente as pessoas que estão morrendo por doenças pouco pesquisadas/lucrativas.
A ciência mercantilizada de hoje em dia me vê como alguém que merece muita atenção – preocupação que parece se estender às pessoas como um todo – e com esse texto eu quero dizer: deixem minha calvície em paz, porque não sou obrigado a consumir algo só porque vocês julgam ser importante pra mim. Eu estou bem, mas muita gente não está! Se falar em ciência é estudar a vida, por que não nos preocupamos com quem está morrendo?


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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sábado, 11 de julho de 2015

Jovem Sofre Ataque Na Internet Por Causa Do Peso Do Namorado

Foto do casal foi alvo de comentários preconceituosos Foto: Reprodução/Facebook
Ashley Stevens, de 21 anos, não imaginava que uma foto com o namorado poderia causar tanta controvérsia. A americana de Georgia postou uma fotografia em que aparece segurando um buquê ao lado de Christopher, de 21. Em uma festa de casamento, eles fizeram graça com o fato de ela ter pego o arranjo de flores. Ao postar nas redes sociais a foto, ela recebeu diversas críticas pelo fato de o namoro dela estar acima do peso.
No lugar da pessoas comentarem a cara engraçada que Christopher faz com a possibilidade do casamento, os internautas só falavam sobre o físico do rapaz. E os comentários ofensivos dominaram a página de Ashley. "Esse gordo deveria estar feliz de se casar com uma gostosa", escreveu um usuário. "Se eu fosse como ele, e namorasse ela, eu casaria rapidinho", postou outro. "Case com ela. Você nunca irá encontrar nada melhor", avisou mais um internauta. "O namorado dela está escondido atrás daquele gordo e retardado", comentou uma pessoa.

Os dois estão juntos há mais de 2 anos Foto: Reprodução/Facebook
Ashley ficou horrorizada com os comentários preconceituosos. Em sua página, ela saiu em defesa do namorado. "Deixa eu dizer para vocês: eu ganhei a sorte grande com o Christopher. Ele pode não ter o abdome sarado que o mundo diz que as garotas querem num homem, mas, de verdade, isso realmente importa quando você está tentando encontrar alguém que você quer passar o resto da sua vida? Ele é tão atencioso e paciente, ele sempre me mostra o quanto me ama nas pequenas coisas. Ele é o meu melhor amigo. Eu o amo por ele ser quem é. E ele me ama por eu ser quem sou. Compreensão, amor... Algo difícil de encontrar nesses dias", postou a jovem, que finalizou: "Deus sabe o desejo do meu coração e me abençoou com o Christopher".

Ashley defendeu o namorado nas redes sociais Foto: Reprodução/Facebook
Em entrevista à revista People, Christopher disse que, apesar dos comentários maldosos, não ficou abatido. Ele simplesmente riu da ignorância das pessoas que quiseram atacá-lo. Ele e Ashley estão juntos há dois anos e meio. O casal frequenta a mesma faculdade no Colorado, nos Estados Unidos. Sobre subir ao altar com a namorada, Christopher diz que eles vão esperar mais algum tempo até finalizar os estudos.




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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

Aceitação X Autoestima



" Oi Kcal tudo bem? Primeiramente parabéns pela sua história de vida! Vamos lá rs Sou gordinha desde pequena.. na adolescência sofri bastante preconceito pelo fato "dos garotos ficarem com as magrinhas por causa de influência dos amigos" mas graças a Deus essa fase passou... minha segunda pergunta é mesmo me aceitando... o que faço pra me aceitar mais? Como disse sempre fui gordinha, mas a barriguinha só crescendo e os 3 digitos na balança vem me assustando rs Desde já agradeço pela atenção e aguardo sua resposta! Bjs "

Obrigada é realmente um história e tanto né! Eu acho que pra começar podemos trocar o" me aceitar" por "reaprender a me amar". Aqui no ocidente é bizarro como a cultura de odiar o próprio corpo, idolatrar e cultuar a si mesmo nos é ensinado desde que nos entendemos por gente. No oriente, pra uma grande parcela, isto é um conceito que não faz o menor sentido, o que é verdade se pararmos pra pensar bem sobre isso. O primeiro passo você já deu e por aqui o espaço ser limitado demais, vou me concentrar nele, mas te peço que nos acompanhe no YouTube, páginas e Blog pois o assunto é desenvolvido lá em diversos tipos de materiais. Para amar, você precisa conhecer certo? E não se basear na percepção, opinião e preconceito dos outros com relação a você.




 É como se você se enxergasse como se olhasse para uma foto de alguém com filtro, sendo que esse filtro foi colocado pelo preconceito e cultura do ódio da sociedade. Você precisa parar de olhar pra essa foto, imagem montada pelos outros e começar a olhar pra si mesma de verdade, se conhecer de novo, reconectar consigo mesma, sua essência, quem você realmente é e depois começar a olhar pro seu exterior, pois autoestima, amor próprio, vem de dentro, do reconhecimento do valor, boas qualidades que você tem e não simplesmente por se achar bonita por fora, mas principalmente por dentro. Acho que é um bom ponto de partida e que deve ir com calma, no seu próprio ritmo, mas sem desistir, vivendo um dia, etapa por vez, sem ansiedade, com calma e paciência. Desejo que você seja firme e não desista dessa jornada. E precisando, conte comigo viu =)

Lembre-se:

"Onde há uma vontade, há um caminho"



Tem vídeo novo no ar:





Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah