Me deparei com um artigo da ABESO que se refere à obesidade como uma epidemia que se espalhou globalmente. E este trecho me chamou muito a atenção:
" Alguns trabalhos sugerem que a exposição a certos produtos químicos encontrados na indústria pode desempenhar um papel essencial, conduzindo o organismo a produzir e armazenar gordura excedente em seus tecidos. A evidência da relação de causa e efeito em seres humanos ainda é limitada, mas em, animais de laboratório e em placas de petri, foram verificados dados que ligam os produtos químicos ao ganho de peso. Além disso, os efeitos em animais parecem ser transmitidos não apenas aos descendentes imediatos, mas também netos e bisnetos - potencialmente induzindo a obesidade multigeracional"
Também me chamou a atenção a notícia que o FDA aprovou a comercialização de um dispositivo para o estômago, com funcionamento similar ao marca passo.
A sociedade inteira sabe que existem N fatores que podem levar uma pessoa a ganhar peso, mas, ainda assim a gordofobia é tolerada e a acessibilidade de parcela significativa da população é negada. E o que mais espanta é que a obesidade é tratada de forma muito simplista, olham pro gordo e falam apenas, temos que fazer ele emagrecer. Mas e o interior do gordo? Ninguém se preocupa co isso, mas o texto de hoje não tem o foco nisso. A questão que quero levantar é a seguinte: se a obesidade é doença c rônica não transmissível e em 2014 o número de brasileiros com sobrepeso já superava 50% porque o estado não garante acessibilidade para essa grande parcela da população? Eu fui operada de câncer em um hospital que realiza cirurgia bariátrica, mas o mesmo não possuía cadeira higiênica para obesos. Eu com meus 130 cm de quadril me deparei com uma cadeira higiênica comum em que não caberia nem se me espremessem e 2 técnicas em enfermagem baixinhas e magrinhas....Eu caí na gargalhada e falei, gente, minha bunda não cabe aí não. Por sorte eu acho que sou um pouco resistente fisicamente para essas coisas e mesmo fraca, 3 dias só no soro, sem beber nem comer nada eu tomei meu banho sozinha e em pé com apenas uma enfermeira próxima de mim, pois estava com 2 drenos. Aí fiquei pensando, gente, se fosse uam paciente mais pesado que eu e que estivesse fraco demais pra ficar em pé? Como um hospital que realiza cirurgia bariátrica não tem cadeira higiênica pra obesos? Se casas de diversão pública aqui no Rio de Janeiro, de acordo com a Lei 5.829/10, como um hospital que faz redução de estômago não tem cadeira de rodas higiênica?!!!
A cada ano as coisas aprecem encolher,a roupa 44 de hoje é a 46 de ontem. E mesmo com leis favorecendo portadores de obesidade o preconceito é tolerado
PESQUISA, CONSULTA: Lei 5.829/10, de autoria do deputado Fernando Gusmão (PCdoB), que obriga escolas, cursos e locais de concursos em todo o estado a ter 10% de suas cadeiras adaptadas para estas pessoas - See more at:http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo.asp?num=37506#sthash.XaxMiOuA.dpuf
Sites pra ler e pesquisar:
TRECHO DO SITE: http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo.asp?num=37506
"Autor da Lei 5.418/09, que obriga unidades médicas emergenciais e laboratórios privados a adquirir balanças, macas, ambulâncias e outros itens adaptados para receber pacientes obesos e obesos mórbidos, o deputado Pedro Fernandes (PMDB) passou por uma situação que o fez pensar em favor dessa causa. “Trabalhar pelas pessoas que necessitam de cuidados especiais traz uma satisfação pesoal muito grande. Passei por uma experiência profissional que me ajudou a perceber a importância de trabalhar pelos obesos mórbidos. Sendo dentista, atendi um obeso sentado no chão, pois ele não cabia na cadeira. No rosto do paciente estava estampada a humilhação”, conta o parlamentar. - See more at: http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo.asp?num=37506#sthash.XaxMiOuA.dpuf
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