Não é um super poder, é um fenômeno social que acontece com algumas pessoas e eu sou uma delas. No início dói todos os dias, com tempo continua doendo, mas, você acaba se acostumando a não ser notado.
Claudia Rocha
Não é um super poder, é um fenômeno social que acontece com algumas pessoas e eu sou uma delas. No início dói todos os dias, com tempo continua doendo, mas, você acaba se acostumando a não ser notado.
Claudia Rocha
É povo, tem muito tempo que não apareço por aqui, mutia coisa aconteceu e quem me acompanhava sabe disso.
Eu tive complicações com a endometriose e logo em seguida pequei a chikungunya, isso em março de 2016 e de lá para cá foi tudo ladeira abaixo kkkkkkkkk. A chikungunya em mim tirou parte dos movimentos do braço direito por um tempo, durante 4 anos eu perdi quase toda a mobilidade que eu tinha e me vi aprisionada em um sedentarismo extremo, não por escolha minha, mas, por incapacidade física mesmo em decorrência das sequelas da chikungunya.
Do dia para noite me tornei algo como uma senhorinha de 90 anos com limitações físicas e debilidades graves, foi um baque emocional muito grande e com isso minhas atividades como blogueira e youtuber foram impactadas. Para lidar com as dores eu passei a tomar remédios que me fizeram engordar e me tornei uma gorda bem maior e sedentária, não por escolha minha, mas por causa das sequelas da chikungunya.
E porque estou explicando isso aqui? Estou explicando pois muita gente acha que pelo fato de defendermos indivíduos gordos, estamos fazendo apologia ao ganho de peso, o que não é verdade.
O risco maior para saúde de qualquer pessoa é o sedentarismo, seja magra ou gorda. É o sedentarismo aliado a maus hábitos alimentares e de vida, além da sua genética que te fará desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, enfartar ou ter um AVC, etc. Ser gorda maior ou menor não significa obrigatoriamente ser doente, não é uma sentença de morte. Eu fiquei doente e sedentária ao extremo da noite pro dia e não foi porque sou gorda, mas, porque um mosquito me picou e me transmitiu um vírus que ferrou meu organismo. Minha saúde decaiu pois passei a me entupir de remédios e corticóides para lidar com as dores e ter o mínimo de mobilidade para trabalhar todo santo dia, que isto fique muito claro! E nisso eu cheguei aos 180kg, de acordo com as estatísticas eu deveria estar morta né, mas, não estou.
E se eu decidir emagrecer, isto não quer dizer que coaduno com o pensamento que ser gordo é ser doente, será apenas uma decisão pessoal de me tornar menor.
A técnica em nutrição Fernanda Franco, que foi demitida com a justificativa de que ela era "negra e gorda" (Foto: arquivo pessoal) |
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Antes |
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Durante |
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Quatro dias depois e a henna da sobrancelha ainda está lá |
A "gordofobia" é uma forma de discriminação, caracterizada pela falta de tolerância com pessoas consideradas acima do peso ideal para aquilo que se convencionou como "padrão de beleza". Apesar da obesidade (18,9%) e o sobrepeso (54%) serem uma realidade para mais de 70% da população brasileira (Ministério da Saúde, 2018), os episódios envolvendo gordofobia têm sido recorrentes e, não raro, resultam no suicídio da vítima.
É o caso de duas adolescentes de 12 e 17 anos que cometeram suicídio após serem constantemente agredidas nas escolas em que estudavam. Recentemente, ao publicar nas redes sociais um vídeo para promover o movimento "outubro rosa", uma bailarina foi vítima de gordofobia, sofrendo ofensas online com relação à sua forma física.
Em outro episódio, uma cozinheira sofreu assédio moral equiparado à discriminação por gordofobia no ambiente de trabalho, praticada por uma colega. Neste caso, a Justiça do Trabalho condenou a empresa por não zelar pelo ambiente de trabalho e proteger a trabalhadora.
Vale lembrar que, seja online ou offline, os atos de gordofobia configuram crime e estão sujeitos à reparação de danos morais e materiais na esfera civil.
Por isso, as vítimas, ou em sua ausência, seus familiares, devem registrar boletim de ocorrência junto à autoridade policial competente, apresentando eventuais provas das agressões, como prints das redes sociais identificando as ofensas e seus autores, gravações, testemunhas, etc., além de buscar, o mais rápido possível, apoio jurídico especializado, para que possam ser adequadamente orientadas a respeito da condução da ação penal, mecanismos jurídicos para fazer cessar as agressões e vias de reparação dos danos sofridos.
Nesse sentido, decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu a culpa gravíssima da empresa e dobrou o valor da indenização por danos morais devido a uma trabalhadora vítima de gordofobia.
Por isso, a gordofobia extrapola a preocupação exclusiva das vítimas, e passa a ser um problema para as empresas que são ou podem vir a ser palco das agressões.
É pacífico na jurisprudência que as empresas são responsáveis por manter um ambiente saudável nas suas dependências, devendo coibir toda e qualquer prática ofensiva à integridade moral e física das pessoas, bem como por identificar e fazer cessar eventuais agressões que sejam praticadas contra seus colaboradores ou clientes.
Isso significa que, além do autor-agressor ou de seus responsáveis legais, as empresas podem - e devem - responder judicialmente pela reparação dos danos experimentados pelas vítimas de gordofobia e até mesmo por seus familiares, quando for o caso.
Diante desse quadro, a recomendação é que gestores de recursos humanos e relacionamento com o cliente dediquem atenção especial ao tema, a fim de que possam criar políticas de prevenção à gordofobia e verificar se a empresa possui rotinas bem definidas que permitam a denúncia, identificação e solução dos casos com a maior rapidez possível, evitando ao máximo a exposição da vítima.
Para isso, a assessoria jurídica especializada é capaz de orientar a condução dos casos de gordofobia adequadamente, atuando com eficiência com vistas a limitar a extensão dos danos e estabelecer os remédios jurídicos aplicáveis a cada caso.
Daniela Lopomo Beteto é advogada especialista em Direito do Trabalho no Trevisioli Advogados
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A cada ano a data da semana da visibilidade assexual muda |
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Alguns símbolos ace para nos reconehcerem |
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Em cartilha distribuída pela prefeitura, personagem engorda e diz que virou um botijão (Foto: Reprodução) |
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Ao se ver no espelho, personagem se assusta por estar gorda' (Foto: Reprodução) |
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Em tirinha, personagem questiona se, estando gorda, poderia passar pela porta (Foto: Reprodução) |
Alguém perguntou lá no canal.
Morri ainda não gente, mas a chikungunya está quase conseguindo isso nestes dois anos de dores.
Eu sempre recebo relatos de moças sobre como nossas postagens nas redes as ajudaram. E não me recordo de ter recebido antes um relato masculino.
Ao abrir o inbox eu lembrei que tinha dado umas dicas de moda praia masculina para um moço chamado André, no final do ano e decidi perguntar como havia sido a viagem e tal.
E fiquei mega feliz em ver este depoimento dele como resposta:
"Retornei ontem, viagem de fim de ano junto com primos.
Confesso que foi uma das viagens mais fantásticas que já fiz, ir a praia depois de muitos anos me fez refletir muita coisa, coisas do tipo que gordo pode sim ir a praia, tomar sol, tomar cerveja, entrar no mar, mostrar o corpo sem medo...
Fiz de tudo que tinha direito, quanto ao que as pessoas pensavam ou imaginavam, pouco me importava, o que eu mais curti foi estar sem camiseta, curtir o mar e aproveitar cada segundo ali....foi mágico, maravilhoso....mas todo este sentimento de coragem trabalhei dias antes comigo mesmo....disse a mim mesmo, que eu posso e eu consigo me divertir....mesmo as pessoas olhando torto, pois para alguns ser gordo é uma doença e ir a praia então é absurdo...
Provei ao contrário...e aproveitei...amei as dicas e deram super certo....sigo sua rede social já faz um tempinho....
Quase não vejo depoimento de homens, mas eu faço questão de dizer que amo meu corpo..e todos a minha volta...beijao...e feliz 2018...."
Moços gordos VOCÊS também podem tudooo!!
Chega de se privar né!
Bjs gordos,
Claudia Rocha GorDivah
Muito menos um dos seus esquemas. Eu sou demissexual, isto quer dizer que eu preciso de vínculo , laço, conexão, identificação para talvez sentir vontade de ficar com você. Eu não consigo usar um Tinder ou interagir em outros apps e já marcar um encontro, muito menos fazer isso com várias pessoas ao mesmo tempo. Eu nem consigo com uma, quanto mais com vários esquemas.
Eu não escolho ser assim, simplesmente sou desse jeito, nasci assim. Eu sou aquela paradona que gosta e precisa conversar muito, ser ouvida e também ouvir, uma que vai conversar de boas com você por horas se você deixar, sobre os mais variados assuntos. Comigo não haverá joguinhos porque eu nunca aprendi a jogar Sedução, haverá sinceridade, transparência e verdade. Se eu quiser algo eu vou dizer sim, se não quiser eu direi não.
Se eu me identificar com você, ainda assim eu vou querer saber mais sobre ti, te conhecer melhor para então ter qualquer coisa física. E se eu aceitar me encontrar com você, não se espante com a minha total falta de familiaridade com protocolos de encontros. Se eu quiser rir à vontade no primeiro encontro, eu vou rir, eu não vou estar preocupada em fazer você gostar de mim e fazer você querer me convidar de novo, eu vou estar pensando em nada, estarei agindo naturalmente pois não preciso te convencer de nada, nem me convencer de nada. Eu apenas estarei consciente do e no momento presente.
Quando eu te digo que não tenho contatinhos e você duvida, eu sorrio pois você não sabe a praga que é ser demissexual num mundo cheio de apps pós Tinder. TODO MUNDO tem vários esquemas e contatinhos, mas, eu realmente nem tenho um. Me conectar com alguém é raro e mais raro ainda é esta pessoa querer algo comigo. E sem esta conexão sou totalmente assexual, ninguém me desperta interesse. E com esta conexão, só a pessoa com quem estou ligada, me desperta desejo e vontade de estar junto, bem junto. Eu sei que para quem não vive a assexualidade, isto parece absurdo, mas, para uma demissexual que não é polirromântica é a mais pura verdade.
Eu não escolhi ser assim, apenas nasci deste jeito.