sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Gordofobia no Instagram


 

Este NÃO é um Perfil FAKE - vocês podem conferir em nossa loja virtual www.recriarlingerie.com.br

A Recriar Lingerie foi injustamente punida pelo Instagram, tivemos nossa conta removida com mais de 160 mil seguidores sem qualquer aviso ou advertência, 

sempre utilizamos de forma correta e respeitando todas as regras, uma conta com mais de 9 anos que nunca havia sofrido qualquer tipo de advertência.

A única explicação seria o preconceito e a gordofobia do algoritmo

Criamos um novo perfil pois sequer recebemos um prao para verificarem nossa reclamação, e precisamos continuar nos comunicando com vocês

Pedimos que nos ajudem e compartilhem, marquem suas amigas e todas que puderem sigam este perfil"

Texto da Recriar


Bora dar uma força pra Recriar meu povo, essa marca é incrível!

Sigam lá no instagram!






quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Se Você Pudesse Ouvir Que Te Amo

 

Talvez você duvidasse de mim ao escutar minhas palavras, riria de mim talvez? Não sei... Se você pudesse ouvir que te amo, eu diria sorrindo, vermelha e nervosa imaginando quase com certeza que você não sente o mesmo e a rejeição seria certa.

 Ah se você pudesse ouvir que te amo, meu coração iria bater tão rápido que talvez eu quebrasse uma costela no meio da frase, meus olhos iriam marejar talvez e um pensamento de "Ai como sou idiota por me confessar sabendo que serei rejeitada" passaria pela minha mente rápido como um flash. Imagina que louco seria se você pudesse realmente ouvir que te amo e que suas mentiras me magoam, que eu as descubro sempre mas não falo nada, seria muito doido né?


Mas na verdade, eu tenho dito quase toda semana só você finge que não ouviu...
Ah se você pudesse ouvir que te amo...

Mais maravilhoso que isso só se você se permitisse aprender a me amar também.





terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Reciprocidade

 


Saiba se doar, entregar sem esperar nada em troca. 

Mas, também saiba a hora de se retirar quando você se doa mais do que recebe...



 







terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Inquebrável


Mano imagina que louco se a partir de hoje você decidisse ser inquebrável diante das críticas contra o seu corpo e preconceito da sociedade contra os gordos?
Imagina a cara de surpresa de todos ao perceber que você não se intimidou, calou e nem cobriu seu corpo e se escondeu numa caixa?
Seria algo como quebrar a expectativa de todos igual fizeram no vídeo acima.
Que tal experimentar isso no Ano Novo?



quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Lembrete a Uma Amiga


Mais um texto inspirado por e feito para você minha musa querida  Lú Lacerda

Querida amiga que espera com os olhos marejados e coração apertado,

Sei que a Vida nos tem tratado mal e a Esperança mal se lembra de nós, mas  precisamos resistir e acreditar num amanhecer melhor e mais florido onde nossos corações serão preenchidos por alegrias e amores retribuídos dos seres amados.

É difícil sim eu sei, mas precisamos trabalhar nossa perseverança e levantar após beijar a lona do ringue de luta repetidas vezes, ainda que rolem uns nocautes, precisamos prosseguir.

Nenhum nocaute é eterno, e toda luta tem um round final, só precisamos aguentar firmes até o fim.
Saiba que estarei sempre ao seu lado, te dizendo:
Levanta, vc consegue!

Você é uma lutadora destinada a vencer e essa vitória já tem data certa viu.

Texto por: Claudia Rocha

Texto protegido pela lei 9610/98

sábado, 10 de julho de 2021

O Tal Medo de Amar


 A grande desculpa para fugir de novos relacionamentos mais usada é o tal medo de amar de novo, as feridas purulentas ainda abertas com sague escorrendo. Os ais:

Ai eu fui traído(@)

Ai eu dei o meu melhor e ele(x) não reconheceu, não me valorizou

Ai eu isso e eu aquilo e o outro....

Mano, relacionamento não é compra em que tu paga por algo e é certo receber em troca um produto ou serviço! Imagina se um bebê tivesse essa mente de medo que você tem quando se trata de relacionamentos, a humanidade não andaria em dois pés. Pois o medo de cair de novo ao tentar andar seria paralisante demais, pesado demais para lidar e superar, engatinhar seria muito mais atrativo e confortável. A vida é tão simples, os relacionamentos foram feitos para serem leves e não uma fonte de stress, frustração e tristeza. Nós que muitas vezes complicamos tudo, botamos problemas em coisas que não deveriam ser complicadas.

Sei lá, acho que ter encarado a morte de perto algumas vezes me fez ter uma cabeça meio diferente da maioria que vejo. lido e sinto à minha volta. Talvez por isso esteja sozinha e tão de boas com isso na maior parte do tempo, o problema e quando rola um sentimento não correspondido kkkk. mas isso é papo pra outro texto. Amar é raro gente, ser amado de volta mais ainda e vocês quando tem a chance de construir e desenvolver isso, cagam o lance todo com uns traumas do passado ou ansiedades que não devem ser ignorados e sim tratados por profissionais, saúde mental é sério. Todo mundo se pudesse deveria fazer terapia, tá na gaveta um plano de pesquisar e fazer post sobre, com opções para que não tem grana.

Voltando pras viagens da minha cabeça, eu tento ser bem objetiva na vida em todas as áreas, se algo faz mal, tchau e sigo em frente. Posso chorar, posso sangrar de dor uns tempos, mas não vou ficar me apegando a laços abusivos, amores unilaterais, e qualquer tipo de tóxica por dependência, baixa autoestima ou qualquer outra coisa. Se eu não cuidar de mim, do meu bem estar, ninguém mais vai cuidar e é nesse ponto que quero chegar. A responsabilidade de ser feliz é sua, se fazer feliz é algo que você tem de fazer por si só. Jogar essa responsabilidade no colo, nos ombros de outrem é meio egoísta, só acho. E se você não consegue ser feliz sozinho(a), não vai ser feliz com mais ninguém, sinto lhe dizer que primeiro é preciso tratar deste ponto: aprender a ser feliz sozinha para então depois pensar em relacionamentos senão você será uma bomba relógio prestes a explodir nos braços do seu namorado(a) e ninguém que isso não é mesmo? As pessoas andam emendando relacionamentos tão rápido que parece até que estão dando voltas em carrossel, cada volta num cavalinho diferente, é muita rotatividade mano! Consigo acompanhar não.

E é meio paradoxal né, ao mesmo tempo em que o povo diz sempre ai não quero nada específico, nada sério, engatam relacionamentos sérios assim ó. E o que está por trás disso? Uma busca pelo preenchimento de um vazio que não poderá ser ocupado pelo outro, mas ninguém se toca disso. Aí a cada término o monstrinho do medo de amar é alimentado e cresce e cresce até se tornar do tamanho do Godzilla e aí tudo que a pessoa passa a enxergar é o medo, medo medo e fica vivendo de encontros, sexo casual, sem nunc amais ter um compromisso e uma troca de almas. E a vida passa rápido e quando o indivíduo acorda vê que poderia ter sim se permitido ser amado e amar mais uma vez, mas não há mais tempo, a Morte veio buscá-lo pro último date de sua fim, embora esse match ele não tenha dado.









Beijões gordos,

Claudia Rocha

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Palmas


A maldita necessidade de validação alheia...
Quantas vezes você esqueceu a pessoa maravilhosa que você é porque o outro não enxergou hein?
Tapa para lembrar que tu é uma pessoa maravilhosa que merece e vai ser feliz sim.
Tá com trauma? Busca terapia, não puna as pessoas do teu futuro por conta daquelas que vacilaram contigo no passado.
Tem muita gente ruim? Tem
Já caímos muitas vezes? Sim!
Mas também levantamos após cada tombo...
 Texto protegido pela lei 9610/98

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Paixões modernas

 


1 que não se apega

1 que se apaixona por msg sem conhecer pessoalmente

1 casado que paga de solteiro

1 que se apaixona e o outro se interessa por outra

1 traumatizado que não procura terapia e não te assume e nem quer te deixar ir

1 que não esquece o ex

Ou seja, uma puta roleta russa em que você sabe que tem munição ali que pode te matar, mas entre o ardor do tiro e o gelo da solidão, a gente escolhe a adrenalina de puxar o gatilho. Afinal seremos fuzilados de qualquer jeito, seja pela solidão ou pelo furor da paixão correspondida ou não.









Beijões gordos,

Claudia Rocha

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Não Me Reconheço Mais Na Pandemia

 


Eu mudei muito durante a pandemia, tanto por dentro quanto por fora, tanto que muitas vezes ao olhar no espelho ou para dentro de mim mesma eu não me reconhecia e isso foi muito desesperador e angustiante. Não tenho enxergado mais todo dia aquela mulher majestosa, sorridente que ria da cara do perigo e dançava com a morte sem temê-la. Tem dias que vejo uma garotinha amedrontada, chorona que se esconde pelos cantos com medo de estranhos e barulhos altos e isso me derruba de uma maneira que nem sei como expressar. Não estou acostumada a me sentir vulnerável e a me verem no meu momento de fragilidade, isso é muito novo e ainda não aprendi a lidar com isso.

Estava acostumada a ser aquela que ouvia e dava conselhos, que despertava olhares de admiração de alguns e agora estou nas sombras choramingando boa parte do tempo, sem vontade ou força alguma de voltar a brilhar novamente na maior parte dos dias. Tem sido tão difícil e tão pesado lidar com tudo que está acontecendo na minha vida no momento! Procuro me manter positiva, crer que amanhã será diferente, mas, o amanhã chega e a minha fragilidade continua lá e a raiva que sinto de mim aumenta junto com a frustração de não conseguir ser forte mais um dia.



Contudo, há dias em que eu lembro que está tudo bem não ser forte o tempo todo, que eu posso sim ter meus momentos vulneráveis e mostrar minha fragilidade sim, até que vem a pedrada do julgamento alheio e começo a me culpar por não estar bem ainda. Me culpo por permitir que pequenas coisas hoje me afetem, quando antigamente não afetavam. Aí depois que me culpo eu me dou conta que saúde mental tem suas similaridades com a saúde física, se o nosso sistema imunológico não está legal e eu ficar doente a defesa do organismo ficará comprometida, assim é com o lado psicológico, se não estou bem, minhas defesas mentais estão comprometidas, logo eu estou mais vulnerável e serei mais facilmente atingida por ataques pessoais, haters e coisas similares. E é bem desconfortável quando você estava acostumada a ser forte o tempo todo e nada te abalava, nada te atingia e de repente tu se vê nua das suas carapaças, sem seu escudo defletor. Ainda estou aprendendo a lidar com essa fragilidade toda que me irrita profundamente e desconcerta.



Antes eu era uma ogra guerreira mano, partia para cima de qualquer batalha ou inimigo independente das chances de vitória. No melhor estilo "por Espartaaaaaa!" E hoje eu fico me olhando e falo, mulheeer, cadê você? Não, não é vitimismo, estou desnudando a alma aqui e se tu não tem a sensibilidade de me ler, enfim, realmente é uma habilidade para quem tem vontade e que vem com o tempo. Acho que esse papo de vitimismo só prejudica a prática de as pessoas entrarem em contato com seus sentimentos, medos mais profundos, reconhecê-los, encará-los e superá-los sabe. Não estou culpando ninguém pelo meu estado, estou apenas reconhecendo que não tô bem, não me reconheço e não tô sabendo muito bem como lidar com isso. E reconhecer o problema é o primeiro passo. O segundo passo foi começar a organizar os sentimentos em forma de texto, nossa, voltar a parir textos tem sido bem terapêutico e libertador e tem me auxiliado a curar algumas coisas que estavam entaladas e me sufocando aqui dentro.


É inegável que o mundo todo mudou, jamais seremos os mesmos de antes do covid. Seria muita inocência e pretensão minha desejar ser a mesma de antes, eu só quero me reencontrar, me reconectar comigo mesma e tornar a ser aquela mulher forte, inabalável que nenhum ataque fazia cosquinha no escudo defletor, a Lady Sith com seu sabre de luz implacável que não se intimida diante da batalha. Não nego que eu fui até o fundo do poço nessa pandemia, enfrentei pensamentos sombrios demais para citar aqui, houve vontade de sumir para sempre e nunca mais acordar, mas, eu ainda estou por aqui e sei que se o beijo gelado não me tocar antes, vou continuar resistindo por mais um tempo. Ainda arde dentro de mim uma faísca, ainda há uma vontade de seguir em frente e perseverar e incomodar, sim incomodar esse mundinho que ama um padrãozinho e se incomoda com quem diz coisas desconfortáveis tipo eu hahahaha.








Beijões gordos,

Claudia Rocha

segunda-feira, 5 de abril de 2021

As Palavras Que Eu Nunca Te Disse

 


Estão no fundo da alma, arranhando a garganta de vez em quando e em alguns dias sombrios elas conseguem chegar até a pontinha da língua, como são ousadas essas palavras! Mas então elas se intimidam com o mundo externo e se recolhem novamente para as profundezas do meu coração e se aquietam um tempo. Elas são como um antigo vulcão adormecido já dominado pela vegetação, numa linda ilha populosa com uma linda e despreocupada multidão ao seu redor.

As borboletas que beijam despreocupadamente as flores nas redondezas não imaginam o quanto o interior daquele vulcão ainda borbulha e queima. A aparente calma exterior engana até os mais antigos habitantes da ilha e assim todos vão tocando as suas vidas, fazendo seus planos para realização de metas e sonhos, enquanto isso a lava ainda borbulha...

Eu sou ótima em não dizer nada, permanecer em silêncio mesmo em meio ao caos quando isso parece ser o mais certo e correto a se fazer, ainda que me corroa por dentro como a saliva de um 8º passageiro. Se as palavras não forem mudar algo para melhor, fazer algo bom acontecer para quê dizê-las afinal? Para saciar um ego? Não, jamais deveriam ser usadas para isso! 

Eu não gostaria de dizer para as pessoas que o mal que algumas me fizeram ainda não foi superado e que não há nada que digam ou façam que possa mudar isso. Não quero dizer que nunca mais gostaria de ouvir sequer o nome delas, ter contato com elas pois o simples som do nome já me parte o coração cada vez que escuto. Não gostaria de dizer que certos sentimentos que deveriam ter ficado e sido superados no passado continuam aqui comigo até hoje. Não gostaria de dizer que ainda acredito que é melhor a solidão do que migalhas de um sentimento, que prefiro não ter nada se não posso ter o que desejo por inteiro. Não gostaria de dizer, seu idiota eu nunca te esqueci ahahahahahahahah. 


Não, eu realmente não gostaria de dizer nada disso para as pessoas, mas, há alguém que está insistindo tanto e tanto em ouvir tudo aquilo que eu por anos guardei e não quis dizer que estou pensando em talvez, talvez, falar um dia o quanto essa pessoa me magoou e o quanto é cruel não me deixar partir em paz sem falar mais nada. Afinal, eu falei com minhas atitudes sinceras durante alguns anos e essa pessoa não me deu valor, brincou comigo e meus sentimentos e agora espera de mim uma amizade sincera e um porto seguro de nostalgia...desculpe, não dá para fingir que nada aconteceu e somos melhores amigos, conversar quase diariamente, receber seus pensamentos de preocupação, carinho comigo que não fazem o menor sentido para mim. Você não se importou comigo ou meus sentimentos anos atrás e agora se importa com meu bem estar? Não faz o menor sentido!

Fora o risco de perder o controle sobre sentimentos que, eu sinto lhe informar, sentimentos que eu não superei. Situações mal resolvidas e engasgadas aqui dentro que eu aceitei como mortas e enterrei. Não quero revirar o passado e é super egoísta você provocar o caos na vida de alguém quando tudo está em perfeita ordem em sua vida, sua vida sentimental tá plena, completa, realizada e você vai lá e cavuca a ferida mais purulenta que a outra pessoa tem...baita safadeza isso mano. Vai curtir tua felicidade e esquece os personagens do passado no passado, enterra e segue em frente. Se você não tem a intenção de reviver algo, não dê margem a outra pessoa para criar falsas esperanças por conta e sua forma de tratamento de amigo carinhoso e atencioso, não cative e cubra de carinho, atenção e preocupação alguém que passou anos como uma estranha para você! Pois é isso que nós somos hoje: estranhos, entenda que não nos conhecemos mais, quem eu era, quem você foi, são pessoas que não existem mais no presente, elas estão somente em nossas vagas lembranças, memórias do passado.

Enfim, isto é um adeus, até nunca mais, de novo e mais uma vez me despedindo, me deixa partir tá legal? Foca aí no seu presente e futuro, em quem você tem ao seu lado agora e me guarde na caixinha de lembranças do passado, de onde eu jamais deveria ter saído. O quanto eu te amei, por quanto tempo eu te amei, não faz mais diferença. Minha falta de coragem ao terminar, o breve sopro de coragem ao pedir para voltar, o coração despedaçado com palavras duras e cruéis ao ouvir o não, embora você continuasse me procurando e me beijando, muitas vezes beijando a força, tudo isso não faz mais diferença alguma pro nosso futuro ou faz? Não, não faz, certo?

Então, sigamos em frente, cada um por sua estrada, novamente te desejo, seja feliz.



Este texto pode não ser tão recente assim, mas, a edição final só pôde ser feita hoje.









Beijões gordos,

Claudia Rocha

sexta-feira, 2 de abril de 2021

O Estigma da Peituda

Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu portador como desqualificado ou menos valorizado, ou segundo a definição de Erving Goffman: “a situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena” (GOFFMAN, 2004, P.4). Fonte


Ser peituda é ser julgada o tempo todo simplesmente pelo tamanho dos seus peitos, não importa o local eles sempre chamarão mais atenção sobre você do que gostaria, seja completamente tampados ou parcialmente revelados, sob tecidos opacos ou sensualmente velados em transparências. E quem não os possui geralmente nos aponta o dedo como se sempre os estivéssemos ostentando propositalmente e isso é de um machismo enraizado que me dá preguiça! Desde quando tudo o que eu faço tem que ser para chamar atenção de sexo oposto? E o corpo é meu, se eu quero usar um decote ou não, a decisão é minha! Se eu quero compartilhar uma foto minha que achei bonita e nela estou com um decote e isto te incomoda, problema seu, eu não vou sentir muito por você! Por que o decote alheio te incomoda? O que você tem a ver com a foto que é compartilhada por outras pessoas? Isso atinge sua autoestima? Te incomoda? Que tal analisar isso e cuidar disso antes te atacar os outros hein bonitão/bonitona?


Quando você tem seios grandes ao vestir alguma roupa você precisa ensaiar vários movimentos para ver se em alguns deles seu corpo não será revelado demais, pois seu colo já estará em bastante evidência. é passar sufoco para conseguir um top de academia decente e saber que qualquer top de academia que você vestir vai parecer muito decotado. Fotos que todas as mulheres postam diariamente na academia e ninguém comenta sobre exibição de peitos, quando elas tem peitos pequenos, quando se trata de um busto GG, chove comentário do tipo, olha lá a exibida parece que está no Maternal, vive exibindo os peitos....sinceramente viu, um pouco de empatia cairia bem.

Durante muitos anos eu os escondia e morria de vergonha deles, usava só camisas de malha largas, mas, mesmo no curso de Espanhol eu ouvia algumas piadinhas sobre o tamanho dos meus peitos. Morria de calor, mas, nem camiseta usava, se fosse de alcinha então, nem pensar! As alças do sutiã marcavam a pele e doíam demais, aí quando eu enfim me liberto das neuras e consigo começar a usar roupas um pouco mais abertas tenho que começar a ouvir censuras pois "só mostro peitos nas fotos". Como se fosse possível escondê-los em roupas normais, talvez em trajes de astronauta eu conseguisse ocultá-los, mas adivinha só, não tô na Lua!

Ser julgada como exibida, vulgar por uma característica física é bem desagradável e na realidade não revela falhas sobre o meu caráter e sim sobre aqueles que insistem em me julgar e tecer comentários depreciativos sobre quem eu sou unicamente baseados no tamanho do meu sutiã. Não dá para esconder peitos grandes a não ser que você viva coberta da cabeça aos pés debaixo de uma burka, ou seja o primo It da família Addams. Ao reclamar dos meus seios nas fotos você só faz chamar mais atenção ainda para eles e não o contrário kkkkkk. Bora parar com esse falso moralismo e machismo né, te incomoda não olha, agora não espere que eu viva sufocada, passe calor com camisa abotoada até o pescoço para esconder meus seios pois o volume deles continuará lá, aliás, fechando assim o volume vai parecer até maior, vai chamar mais atenção ainda além de me fazer passar o maior calor! Moro no Rio de Janeiro, não dá para viver abafada aqui não!


O tamanho do meu bojo não é diretamente proporcional ao tamanho da minha paciência, esteja certa disso. Usar um decote não me torna vulgar, minha roupa não é um convite, minhas atitudes não são orientadas para conseguir atenção de homens, eu uso o que eu gosto, o que me faz sentir bem, bonita, confortável e principalmente fresca neste calor de Mordor que faz aqui no Rio de Janeiro. Se você cobiça um busto maior, não ataque quem o tem, compre o seu e vá ser feliz, só não me encha o saco! De machista já basta a sociedade, e hipocrisia e falso puritanismo são coisas muito ultrapassadas minha gente, estamos em 2021, pelo amor né! Peitudas do meu Braseeel, não se escondam, não passem calor por vergonha do julgamento, preconceito alheio, libertem essas peitaças e ostentem meeesmo, botem pra jogo! E quem reclamar que passe raiva à toa mua rá rá.









Beijões gordos,

Claudia Rocha

quarta-feira, 31 de março de 2021

A Coadjuvante

 


Viver nas sombras é bom para agentes secretos que dependem disso para continuar vivos e concluir as suas missões, mas, para seres humanos comuns isso é bem desgastante. Ser sempre um personagem secundário é desanimador, principalmente quando se trata de vida sentimental. E acho que o roteirista da minha vida curte muito me colocar nessa posição. Estou tão cansada de ser sempre a amiga, aquela que acolhe, que dá o colo e ouve, compreende, diverte e serve para horas e horas de conversa, mas, nunca aquela que acelera os corações.

Cansada de ouvir o quanto sou maravilhosa, uma das pessoas preferidas da vida e nutrir sempre um amor unilateral. Ser considerada a parceira, irmã, confidente e nunca ser vista como a mulher que sou. Não é pedir muito querer ser notada como mulher  uma vez na vida minha gente. E esse looping desgasta, parece que sempre chego atrasada na distribuição de papéis principais na vida ou não passo no teste para protagonista quando há uma dupla de protagonistas no enredo ahahahahhaah. É como andar com um crachá onde diz MIGA, e ser sempre tratada única e exclusivamente assim pelo sexo oposto, sendo hétero. E assim surge um desejo incontrolável de me isolar cada vez mais, pois cada novo contato ou nova exposição a antigo contato do mesmo jeito, machuca sempre no mesmo lugar, não me permitindo nunca cicatrizar essa bendita ferida que acaba ficando sempre exposta.



Eu cresci ouvindo frases do tipo, se você emagrecer o fulano vai querer ficar com você. E num impulso de burrice, na adolescência eu sacrifiquei minha saúde e emagreci bastante. Uma boa parte dos meus amigos demonstrou interesse em ficar comigo simplesmente porque emagreci e na época isso me deixou muito triste e arrasada! Pois realmente o único motivo era a mudança da minha aparência, eu continuava a mesma que os fazia rir e dava colo quando estavam tristes, só que era magra agora. Isso me mostrou bem cedo que poucos estão ligados na sua essência e sim na sua aparência, em ter alguém ao lado que se encaixe nos padrões da sociedade. Tornei a engordar e assim eu ficava sempre à margem na vida deles, eles tinham suas namoradas e eu era sempre a melhor amiga e eu, bem, eu era sozinha e só tinha esses laços que chamava de amizades.

Foram longos anos vivendo com migalhas de atenção, muitas lágrimas e amores não correspondidos, ouvindo frases do tipo fulano gosta de você, só não te assume porque você é gorda hahahahaahha. Acho que de tanta fome que me fizeram passar, hoje eu quero banquete! Quero me lambuzar, me deliciar até não aguentar mais. Chega de amor unilateral, chega de ser apenas uma amiga, mano, chega! Cansei disso! Me recuso a continuar nesse papel de coadjuvante, se for para ser isso, tô fora do palco, vou ser mambembe.

Eu quero ser aquela que vai fazer teu coração acelerar. brotar no teu pensamento e fazer surgir um sorriso bobo no teu rosto, a fonte de uma alegria antes de dormir ou ao acordar, a razão daquela espiadinha no app só para ver se tem uma notificação minha, a mulher que você olha e admira por quem ela é não só por fora, mas, também por quem ela é por dentro, pelos meus pensamentos, sentimentos e ideais. Alguém que você ama desvendar e quer conhecer cada vez mais, que te desperta admiração e encanto, que te faz rir, suspirar e às vezes até dá vontade de proteger pois é preciosa para você e por isso você não quer que ela se machuque. Só quero ser alguém que é amada do jeito que é, sem a necessidade de mudar só para agradar ou para ser aceita por alguém.

Quem sabe um dia surja um ser que vá olhar para essa ogrinha aqui(apelido carinhoso usado em família) e vá enxergar todo valor e encanto que ela tem né, nunca se sabe o que o futuro nos reserva. Até esse momento glorioso chegar, eu me recuso a ser a amiga coadjuvante novamente, pelo bem da minha sanidade mental. Nunca mais quero estar interessada em um amigo e viver nas sombras, sufocando e engolindo meus sentimentos, não mesmo! Me recuso! Migalhas afetivas nunca mais!










Beijões gordos,

Claudia Rocha

quinta-feira, 18 de março de 2021

Ser Invisível

 


Não é um super poder, é um fenômeno social que acontece com algumas pessoas e eu sou uma delas. No início dói todos os dias, com tempo continua doendo, mas, você acaba se acostumando a não ser notado. 

E tem dias que essa invisibilidade vai pesar, te jogar na maior bad e tem dias também, raros, em que alguém vai enxergar você e te notar de forma positiva. 

E esta semana eu vivi isso, conheci pessoas que me surpreenderam por simplesmente conseguirem me enxergar e se importar comigo. 

E caramba, isso trouxe um impacto maravilhoso na minha vida e que eu realmente não esperava sabe.

Gratidão a todos que enxergam os invisíveis aos olhos da sociedade e os acolhem e se importam com eles❤










Beijões gordos,

Claudia Rocha

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Hiato

 


É povo, tem muito tempo que não apareço por aqui, mutia coisa aconteceu e quem me acompanhava sabe disso.

Eu tive complicações com a endometriose e logo em seguida pequei a chikungunya, isso em março de 2016 e de lá para cá foi tudo ladeira abaixo kkkkkkkkk. A chikungunya em mim tirou parte dos movimentos do braço direito por um tempo, durante 4 anos eu perdi quase toda a mobilidade que eu tinha e me vi aprisionada em um sedentarismo extremo, não por escolha minha, mas, por incapacidade física mesmo em decorrência das sequelas da chikungunya.

Do dia para noite me tornei algo como uma senhorinha de 90 anos com limitações físicas e debilidades graves, foi um baque emocional muito grande e com isso minhas atividades como blogueira e youtuber foram impactadas. Para lidar com as dores eu passei a tomar remédios que me fizeram engordar e me tornei uma gorda bem maior e sedentária, não por escolha minha, mas por causa das sequelas da chikungunya.

E porque estou explicando isso aqui? Estou explicando pois muita gente acha que pelo fato de defendermos indivíduos gordos, estamos fazendo apologia ao ganho de peso, o que não é verdade.

O risco maior para saúde de qualquer pessoa é o sedentarismo, seja magra ou gorda. É o sedentarismo aliado a maus hábitos alimentares e de vida, além da sua genética que te fará desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, enfartar ou ter um AVC, etc. Ser gorda maior ou menor não significa obrigatoriamente ser doente, não é uma sentença de morte. Eu fiquei doente e sedentária ao extremo da noite pro dia e não foi porque sou gorda, mas, porque um mosquito me picou e me transmitiu um vírus que ferrou meu organismo. Minha saúde decaiu pois passei a me entupir de remédios e corticóides para lidar com as dores e ter o mínimo de mobilidade para trabalhar todo santo dia, que isto fique muito claro! E nisso eu cheguei aos 180kg, de acordo com as estatísticas eu deveria estar morta né, mas, não estou.

E se eu decidir emagrecer, isto não quer dizer que coaduno com o pensamento que ser gordo é ser doente, será apenas uma decisão pessoal de me tornar menor.









sexta-feira, 24 de julho de 2020

Cicatrizes de Outro Amor

De repente, não mais que de repente você meu antigo amor me procura como se tivesse sido ontem que trocamos nossas juras, e isso me alegra e me fere como você nem imagina. E vejo sua foto com seu atual amor e me pergunto o porquê de ficar a minha procura e a resposta que encontro é que foi mera curiosidade e vontade de construir uma amizade.

Mas eu não posso mais ser um capricho seu, nem estar à mercê do seu bem querer, por isto novamente me dói dizer-te adeus e você não faz ideia do quanto ainda me dói partir.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

“A empresa em que trabalhava me demitiu por eu ser negra e gorda”

Técnica em nutrição, Fernanda Franco, de 40 anos, foi demitida do “trabalho dos sonhos” com a justificativa de que sua aparência, "negra e gorda", não agradava os "frequentadores do restaurante". Desempregada e com a mãe doente, ela recebeu apoio de amigos para comer e comprar medicamentos, até dar a volta por cima e abrir seu próprio restaurante em São Carlos, interior de São Paulo

A técnica em nutrição Fernanda Franco, que foi demitida com a justificativa de que ela era "negra e gorda" (Foto: arquivo pessoal)

“Sou a segunda de três filhos de um pedreiro e uma cozinheira. Tive uma infância humilde, nada fácil, mas muito feliz. Minha mãe, Dona Biga, se casou bem cedo e logo vieram os filhos. Quando éramos pequenos, ela nos deixava na creche às 7h, onde ficavámos até as 17h. Nessa creche, as mães tinham como uma das obrigações dedicar um dia do mês de serviço ao local para ‘pagar’ nossa estadia. Numa ocasião, durante uma feijoada beneficente, minha mãe resolveu colocar em prática seus dotes culinários e conquistou a todos, pois ela sempre cozinhou muito bem. Alguns dias depois, ela recebeu um convite para trabalhar na creche, cozinhando para quase 300 crianças, que passaram a considerá-la como mãe. Isso foi no final de 1985.

Cresci acompanhando minha mãe brilhar na cozinha e, assim, me apaixonei pela culinária também. Ia à escola de manhã e, à tarde, dava um jeito de fugir para ajudar minha mãe. Assim, aos 6 anos, decidi que queria fazer aquilo por toda minha vida.
Em 1986, a instituição onde minha mãe trabalhava abriu uma cozinha ainda maior, que fornecia alimentação para outros lugares. A produção era enorme e, nesse espaço, eu já não tinha tanto acesso, mas fazia visitas para espiar e admirar minha mãe liderando uma grande equipe de cozinheiros. Foi a primeira vez que vi uma nutricionista em ação, o que me encantou. Permaneci ali até os 18 anos: trabalhei no berçário, no escritório e, claro, na cozinha, com minha mãe, e decidi que meu destino era ser técnica em nutrição, sonho que realizei em 2008, após dois anos de intensos estudos.

Alguns anos antes, em 2001, vivi uma situação que mudou minha vida completamente. Ao perder meu pai, fiquei muito mal: quis morrer, tive depressão e desenvolvi transtornos alimentares. De 80 fui para 160 quilos rapidamente.
Conto isso porque, no final de 2018, uma amiga me indicou a uma vaga numa empresa que gerencia vários restaurantes. Era uma proposta irrecusável, primeiramente, pelo salário,  ótimo, e também pelo grande número de funcionários que o restaurante atende, um desafio que iria acrescentar muito ao meu currículo. Parecia o ‘emprego dos sonhos’.

Nessa época, tinha parado a faculdade de nutrição por falta de grana e vi nessa oportunidade a chance de voltar e dar continuidade a minha formação. A supervisora da empresa pediu meu currículo e me chamou para uma conversa, que acabou se transformou em entrevista e, por fim, fui contratada. Foi tudo muito rápido: em menos de duas horas fui aprovada. Fiquei muito feliz.

Comecei a trabalhar e me dediquei muito. Passei pela fase da experiência com mérito e tudo parecia estar bem. Trabalhei lá por um ano e meio, de segunda a sábado e, junto à nutricionista, cuidava da administração da unidade de alimentação do restaurante, do controle de qualidade e das rotinas administrativas, além da elaboração de cardápios, realização de eventos e atendimento ao público. Fui muito feliz e aprendi demais, até ser demitida, em março de 2019, de um modo que me chocou bastante. As palavras mais duras que ouvi na minha vida vieram por e-mail: ‘Boa tarde! Peço para que desligue a técnica em nutrição Fernanda Franco por ela não agradar fisicamente aos usuários do nosso restaurante. Peço que a substituição seja feita por alguém que tenha as características físicas, peso e cor diferentes da colaboradora’. Todos os preconceitos estavam reunidos numa única mensagem.


Meu mundo caiu. Chorei horrores. Para completar, no mesmo dia, minha mãe foi internada com uma meningite grave. No hospital, não tive coragem de contar que acabara de ser demitida e o motivo. Minha mãe ficou 37 dias internada. Gastei todo o dinheiro da minha rescisão em sua recuperação e, quando ela teve alta, me vi de volta a 1984, quando passávamos fome, mas agora não tinha mais meu pai e precisava dar conta de tudo sozinha, agora com minha mãe doente.

Fiquei tão chocada com o motivo da demissão que nem quis mais falar a respeito com ninguém da empresa. Voltei lá só para assinar minha demissão, na recepção, sem precisar encontrar ninguém. Foi um alívio. Sendo uma mulher negra, pobre, obesa, já vivi muitos preconceitos, mas, como esse, nunca.



Para ajudar minha mãe, passei a fazer bico como cuidadora de idosos. Tivemos apoio de amigos maravilhosos, que nos ajudaram com alimentos e remédios. Uma amiga me encorajou a abrir meu próprio espaço e eu, como a fênix que sempre fui, meses depois, inaugurei meu restaurante. É ainda bem simples e pequenino. Servimos comida caseira e também ‘marmitex’, mas tudo é feito com muito amor. Coloquei o nome da minha mãe, D. Biga Cozinha e Chopp, em homenagem a mulher que me ensinou tudo sobre cozinha, dedicação e amor! Continuo fazendo bolos e pães, que são um verdadeiro sucesso. Aos poucos, estou conquistando minha clientela, que adora meu tempero e meus quitutes.



Minha irmã mais nova, Débora, trabalha comigo. Espero nunca mais trabalhar para ninguém e nunca mais viver tamanha humilhação. Vou lutar pelo que acredito e mostrar que posso ser uma nutricionista negra e gorda, sem ter de dar satisfações para essa sociedade hipócrita."


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