quinta-feira, 8 de abril de 2021

Não Me Reconheço Mais Na Pandemia

 


Eu mudei muito durante a pandemia, tanto por dentro quanto por fora, tanto que muitas vezes ao olhar no espelho ou para dentro de mim mesma eu não me reconhecia e isso foi muito desesperador e angustiante. Não tenho enxergado mais todo dia aquela mulher majestosa, sorridente que ria da cara do perigo e dançava com a morte sem temê-la. Tem dias que vejo uma garotinha amedrontada, chorona que se esconde pelos cantos com medo de estranhos e barulhos altos e isso me derruba de uma maneira que nem sei como expressar. Não estou acostumada a me sentir vulnerável e a me verem no meu momento de fragilidade, isso é muito novo e ainda não aprendi a lidar com isso.

Estava acostumada a ser aquela que ouvia e dava conselhos, que despertava olhares de admiração de alguns e agora estou nas sombras choramingando boa parte do tempo, sem vontade ou força alguma de voltar a brilhar novamente na maior parte dos dias. Tem sido tão difícil e tão pesado lidar com tudo que está acontecendo na minha vida no momento! Procuro me manter positiva, crer que amanhã será diferente, mas, o amanhã chega e a minha fragilidade continua lá e a raiva que sinto de mim aumenta junto com a frustração de não conseguir ser forte mais um dia.



Contudo, há dias em que eu lembro que está tudo bem não ser forte o tempo todo, que eu posso sim ter meus momentos vulneráveis e mostrar minha fragilidade sim, até que vem a pedrada do julgamento alheio e começo a me culpar por não estar bem ainda. Me culpo por permitir que pequenas coisas hoje me afetem, quando antigamente não afetavam. Aí depois que me culpo eu me dou conta que saúde mental tem suas similaridades com a saúde física, se o nosso sistema imunológico não está legal e eu ficar doente a defesa do organismo ficará comprometida, assim é com o lado psicológico, se não estou bem, minhas defesas mentais estão comprometidas, logo eu estou mais vulnerável e serei mais facilmente atingida por ataques pessoais, haters e coisas similares. E é bem desconfortável quando você estava acostumada a ser forte o tempo todo e nada te abalava, nada te atingia e de repente tu se vê nua das suas carapaças, sem seu escudo defletor. Ainda estou aprendendo a lidar com essa fragilidade toda que me irrita profundamente e desconcerta.



Antes eu era uma ogra guerreira mano, partia para cima de qualquer batalha ou inimigo independente das chances de vitória. No melhor estilo "por Espartaaaaaa!" E hoje eu fico me olhando e falo, mulheeer, cadê você? Não, não é vitimismo, estou desnudando a alma aqui e se tu não tem a sensibilidade de me ler, enfim, realmente é uma habilidade para quem tem vontade e que vem com o tempo. Acho que esse papo de vitimismo só prejudica a prática de as pessoas entrarem em contato com seus sentimentos, medos mais profundos, reconhecê-los, encará-los e superá-los sabe. Não estou culpando ninguém pelo meu estado, estou apenas reconhecendo que não tô bem, não me reconheço e não tô sabendo muito bem como lidar com isso. E reconhecer o problema é o primeiro passo. O segundo passo foi começar a organizar os sentimentos em forma de texto, nossa, voltar a parir textos tem sido bem terapêutico e libertador e tem me auxiliado a curar algumas coisas que estavam entaladas e me sufocando aqui dentro.


É inegável que o mundo todo mudou, jamais seremos os mesmos de antes do covid. Seria muita inocência e pretensão minha desejar ser a mesma de antes, eu só quero me reencontrar, me reconectar comigo mesma e tornar a ser aquela mulher forte, inabalável que nenhum ataque fazia cosquinha no escudo defletor, a Lady Sith com seu sabre de luz implacável que não se intimida diante da batalha. Não nego que eu fui até o fundo do poço nessa pandemia, enfrentei pensamentos sombrios demais para citar aqui, houve vontade de sumir para sempre e nunca mais acordar, mas, eu ainda estou por aqui e sei que se o beijo gelado não me tocar antes, vou continuar resistindo por mais um tempo. Ainda arde dentro de mim uma faísca, ainda há uma vontade de seguir em frente e perseverar e incomodar, sim incomodar esse mundinho que ama um padrãozinho e se incomoda com quem diz coisas desconfortáveis tipo eu hahahaha.








Beijões gordos,

Claudia Rocha

segunda-feira, 5 de abril de 2021

As Palavras Que Eu Nunca Te Disse

 


Estão no fundo da alma, arranhando a garganta de vez em quando e em alguns dias sombrios elas conseguem chegar até a pontinha da língua, como são ousadas essas palavras! Mas então elas se intimidam com o mundo externo e se recolhem novamente para as profundezas do meu coração e se aquietam um tempo. Elas são como um antigo vulcão adormecido já dominado pela vegetação, numa linda ilha populosa com uma linda e despreocupada multidão ao seu redor.

As borboletas que beijam despreocupadamente as flores nas redondezas não imaginam o quanto o interior daquele vulcão ainda borbulha e queima. A aparente calma exterior engana até os mais antigos habitantes da ilha e assim todos vão tocando as suas vidas, fazendo seus planos para realização de metas e sonhos, enquanto isso a lava ainda borbulha...

Eu sou ótima em não dizer nada, permanecer em silêncio mesmo em meio ao caos quando isso parece ser o mais certo e correto a se fazer, ainda que me corroa por dentro como a saliva de um 8º passageiro. Se as palavras não forem mudar algo para melhor, fazer algo bom acontecer para quê dizê-las afinal? Para saciar um ego? Não, jamais deveriam ser usadas para isso! 

Eu não gostaria de dizer para as pessoas que o mal que algumas me fizeram ainda não foi superado e que não há nada que digam ou façam que possa mudar isso. Não quero dizer que nunca mais gostaria de ouvir sequer o nome delas, ter contato com elas pois o simples som do nome já me parte o coração cada vez que escuto. Não gostaria de dizer que certos sentimentos que deveriam ter ficado e sido superados no passado continuam aqui comigo até hoje. Não gostaria de dizer que ainda acredito que é melhor a solidão do que migalhas de um sentimento, que prefiro não ter nada se não posso ter o que desejo por inteiro. Não gostaria de dizer, seu idiota eu nunca te esqueci ahahahahahahahah. 


Não, eu realmente não gostaria de dizer nada disso para as pessoas, mas, há alguém que está insistindo tanto e tanto em ouvir tudo aquilo que eu por anos guardei e não quis dizer que estou pensando em talvez, talvez, falar um dia o quanto essa pessoa me magoou e o quanto é cruel não me deixar partir em paz sem falar mais nada. Afinal, eu falei com minhas atitudes sinceras durante alguns anos e essa pessoa não me deu valor, brincou comigo e meus sentimentos e agora espera de mim uma amizade sincera e um porto seguro de nostalgia...desculpe, não dá para fingir que nada aconteceu e somos melhores amigos, conversar quase diariamente, receber seus pensamentos de preocupação, carinho comigo que não fazem o menor sentido para mim. Você não se importou comigo ou meus sentimentos anos atrás e agora se importa com meu bem estar? Não faz o menor sentido!

Fora o risco de perder o controle sobre sentimentos que, eu sinto lhe informar, sentimentos que eu não superei. Situações mal resolvidas e engasgadas aqui dentro que eu aceitei como mortas e enterrei. Não quero revirar o passado e é super egoísta você provocar o caos na vida de alguém quando tudo está em perfeita ordem em sua vida, sua vida sentimental tá plena, completa, realizada e você vai lá e cavuca a ferida mais purulenta que a outra pessoa tem...baita safadeza isso mano. Vai curtir tua felicidade e esquece os personagens do passado no passado, enterra e segue em frente. Se você não tem a intenção de reviver algo, não dê margem a outra pessoa para criar falsas esperanças por conta e sua forma de tratamento de amigo carinhoso e atencioso, não cative e cubra de carinho, atenção e preocupação alguém que passou anos como uma estranha para você! Pois é isso que nós somos hoje: estranhos, entenda que não nos conhecemos mais, quem eu era, quem você foi, são pessoas que não existem mais no presente, elas estão somente em nossas vagas lembranças, memórias do passado.

Enfim, isto é um adeus, até nunca mais, de novo e mais uma vez me despedindo, me deixa partir tá legal? Foca aí no seu presente e futuro, em quem você tem ao seu lado agora e me guarde na caixinha de lembranças do passado, de onde eu jamais deveria ter saído. O quanto eu te amei, por quanto tempo eu te amei, não faz mais diferença. Minha falta de coragem ao terminar, o breve sopro de coragem ao pedir para voltar, o coração despedaçado com palavras duras e cruéis ao ouvir o não, embora você continuasse me procurando e me beijando, muitas vezes beijando a força, tudo isso não faz mais diferença alguma pro nosso futuro ou faz? Não, não faz, certo?

Então, sigamos em frente, cada um por sua estrada, novamente te desejo, seja feliz.



Este texto pode não ser tão recente assim, mas, a edição final só pôde ser feita hoje.









Beijões gordos,

Claudia Rocha

sexta-feira, 2 de abril de 2021

O Estigma da Peituda

Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu portador como desqualificado ou menos valorizado, ou segundo a definição de Erving Goffman: “a situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena” (GOFFMAN, 2004, P.4). Fonte


Ser peituda é ser julgada o tempo todo simplesmente pelo tamanho dos seus peitos, não importa o local eles sempre chamarão mais atenção sobre você do que gostaria, seja completamente tampados ou parcialmente revelados, sob tecidos opacos ou sensualmente velados em transparências. E quem não os possui geralmente nos aponta o dedo como se sempre os estivéssemos ostentando propositalmente e isso é de um machismo enraizado que me dá preguiça! Desde quando tudo o que eu faço tem que ser para chamar atenção de sexo oposto? E o corpo é meu, se eu quero usar um decote ou não, a decisão é minha! Se eu quero compartilhar uma foto minha que achei bonita e nela estou com um decote e isto te incomoda, problema seu, eu não vou sentir muito por você! Por que o decote alheio te incomoda? O que você tem a ver com a foto que é compartilhada por outras pessoas? Isso atinge sua autoestima? Te incomoda? Que tal analisar isso e cuidar disso antes te atacar os outros hein bonitão/bonitona?


Quando você tem seios grandes ao vestir alguma roupa você precisa ensaiar vários movimentos para ver se em alguns deles seu corpo não será revelado demais, pois seu colo já estará em bastante evidência. é passar sufoco para conseguir um top de academia decente e saber que qualquer top de academia que você vestir vai parecer muito decotado. Fotos que todas as mulheres postam diariamente na academia e ninguém comenta sobre exibição de peitos, quando elas tem peitos pequenos, quando se trata de um busto GG, chove comentário do tipo, olha lá a exibida parece que está no Maternal, vive exibindo os peitos....sinceramente viu, um pouco de empatia cairia bem.

Durante muitos anos eu os escondia e morria de vergonha deles, usava só camisas de malha largas, mas, mesmo no curso de Espanhol eu ouvia algumas piadinhas sobre o tamanho dos meus peitos. Morria de calor, mas, nem camiseta usava, se fosse de alcinha então, nem pensar! As alças do sutiã marcavam a pele e doíam demais, aí quando eu enfim me liberto das neuras e consigo começar a usar roupas um pouco mais abertas tenho que começar a ouvir censuras pois "só mostro peitos nas fotos". Como se fosse possível escondê-los em roupas normais, talvez em trajes de astronauta eu conseguisse ocultá-los, mas adivinha só, não tô na Lua!

Ser julgada como exibida, vulgar por uma característica física é bem desagradável e na realidade não revela falhas sobre o meu caráter e sim sobre aqueles que insistem em me julgar e tecer comentários depreciativos sobre quem eu sou unicamente baseados no tamanho do meu sutiã. Não dá para esconder peitos grandes a não ser que você viva coberta da cabeça aos pés debaixo de uma burka, ou seja o primo It da família Addams. Ao reclamar dos meus seios nas fotos você só faz chamar mais atenção ainda para eles e não o contrário kkkkkk. Bora parar com esse falso moralismo e machismo né, te incomoda não olha, agora não espere que eu viva sufocada, passe calor com camisa abotoada até o pescoço para esconder meus seios pois o volume deles continuará lá, aliás, fechando assim o volume vai parecer até maior, vai chamar mais atenção ainda além de me fazer passar o maior calor! Moro no Rio de Janeiro, não dá para viver abafada aqui não!


O tamanho do meu bojo não é diretamente proporcional ao tamanho da minha paciência, esteja certa disso. Usar um decote não me torna vulgar, minha roupa não é um convite, minhas atitudes não são orientadas para conseguir atenção de homens, eu uso o que eu gosto, o que me faz sentir bem, bonita, confortável e principalmente fresca neste calor de Mordor que faz aqui no Rio de Janeiro. Se você cobiça um busto maior, não ataque quem o tem, compre o seu e vá ser feliz, só não me encha o saco! De machista já basta a sociedade, e hipocrisia e falso puritanismo são coisas muito ultrapassadas minha gente, estamos em 2021, pelo amor né! Peitudas do meu Braseeel, não se escondam, não passem calor por vergonha do julgamento, preconceito alheio, libertem essas peitaças e ostentem meeesmo, botem pra jogo! E quem reclamar que passe raiva à toa mua rá rá.









Beijões gordos,

Claudia Rocha

quarta-feira, 31 de março de 2021

A Coadjuvante

 


Viver nas sombras é bom para agentes secretos que dependem disso para continuar vivos e concluir as suas missões, mas, para seres humanos comuns isso é bem desgastante. Ser sempre um personagem secundário é desanimador, principalmente quando se trata de vida sentimental. E acho que o roteirista da minha vida curte muito me colocar nessa posição. Estou tão cansada de ser sempre a amiga, aquela que acolhe, que dá o colo e ouve, compreende, diverte e serve para horas e horas de conversa, mas, nunca aquela que acelera os corações.

Cansada de ouvir o quanto sou maravilhosa, uma das pessoas preferidas da vida e nutrir sempre um amor unilateral. Ser considerada a parceira, irmã, confidente e nunca ser vista como a mulher que sou. Não é pedir muito querer ser notada como mulher  uma vez na vida minha gente. E esse looping desgasta, parece que sempre chego atrasada na distribuição de papéis principais na vida ou não passo no teste para protagonista quando há uma dupla de protagonistas no enredo ahahahahhaah. É como andar com um crachá onde diz MIGA, e ser sempre tratada única e exclusivamente assim pelo sexo oposto, sendo hétero. E assim surge um desejo incontrolável de me isolar cada vez mais, pois cada novo contato ou nova exposição a antigo contato do mesmo jeito, machuca sempre no mesmo lugar, não me permitindo nunca cicatrizar essa bendita ferida que acaba ficando sempre exposta.



Eu cresci ouvindo frases do tipo, se você emagrecer o fulano vai querer ficar com você. E num impulso de burrice, na adolescência eu sacrifiquei minha saúde e emagreci bastante. Uma boa parte dos meus amigos demonstrou interesse em ficar comigo simplesmente porque emagreci e na época isso me deixou muito triste e arrasada! Pois realmente o único motivo era a mudança da minha aparência, eu continuava a mesma que os fazia rir e dava colo quando estavam tristes, só que era magra agora. Isso me mostrou bem cedo que poucos estão ligados na sua essência e sim na sua aparência, em ter alguém ao lado que se encaixe nos padrões da sociedade. Tornei a engordar e assim eu ficava sempre à margem na vida deles, eles tinham suas namoradas e eu era sempre a melhor amiga e eu, bem, eu era sozinha e só tinha esses laços que chamava de amizades.

Foram longos anos vivendo com migalhas de atenção, muitas lágrimas e amores não correspondidos, ouvindo frases do tipo fulano gosta de você, só não te assume porque você é gorda hahahahaahha. Acho que de tanta fome que me fizeram passar, hoje eu quero banquete! Quero me lambuzar, me deliciar até não aguentar mais. Chega de amor unilateral, chega de ser apenas uma amiga, mano, chega! Cansei disso! Me recuso a continuar nesse papel de coadjuvante, se for para ser isso, tô fora do palco, vou ser mambembe.

Eu quero ser aquela que vai fazer teu coração acelerar. brotar no teu pensamento e fazer surgir um sorriso bobo no teu rosto, a fonte de uma alegria antes de dormir ou ao acordar, a razão daquela espiadinha no app só para ver se tem uma notificação minha, a mulher que você olha e admira por quem ela é não só por fora, mas, também por quem ela é por dentro, pelos meus pensamentos, sentimentos e ideais. Alguém que você ama desvendar e quer conhecer cada vez mais, que te desperta admiração e encanto, que te faz rir, suspirar e às vezes até dá vontade de proteger pois é preciosa para você e por isso você não quer que ela se machuque. Só quero ser alguém que é amada do jeito que é, sem a necessidade de mudar só para agradar ou para ser aceita por alguém.

Quem sabe um dia surja um ser que vá olhar para essa ogrinha aqui(apelido carinhoso usado em família) e vá enxergar todo valor e encanto que ela tem né, nunca se sabe o que o futuro nos reserva. Até esse momento glorioso chegar, eu me recuso a ser a amiga coadjuvante novamente, pelo bem da minha sanidade mental. Nunca mais quero estar interessada em um amigo e viver nas sombras, sufocando e engolindo meus sentimentos, não mesmo! Me recuso! Migalhas afetivas nunca mais!










Beijões gordos,

Claudia Rocha

quinta-feira, 18 de março de 2021

Ser Invisível

 


Não é um super poder, é um fenômeno social que acontece com algumas pessoas e eu sou uma delas. No início dói todos os dias, com tempo continua doendo, mas, você acaba se acostumando a não ser notado. 

E tem dias que essa invisibilidade vai pesar, te jogar na maior bad e tem dias também, raros, em que alguém vai enxergar você e te notar de forma positiva. 

E esta semana eu vivi isso, conheci pessoas que me surpreenderam por simplesmente conseguirem me enxergar e se importar comigo. 

E caramba, isso trouxe um impacto maravilhoso na minha vida e que eu realmente não esperava sabe.

Gratidão a todos que enxergam os invisíveis aos olhos da sociedade e os acolhem e se importam com eles❤










Beijões gordos,

Claudia Rocha

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Hiato

 


É povo, tem muito tempo que não apareço por aqui, mutia coisa aconteceu e quem me acompanhava sabe disso.

Eu tive complicações com a endometriose e logo em seguida pequei a chikungunya, isso em março de 2016 e de lá para cá foi tudo ladeira abaixo kkkkkkkkk. A chikungunya em mim tirou parte dos movimentos do braço direito por um tempo, durante 4 anos eu perdi quase toda a mobilidade que eu tinha e me vi aprisionada em um sedentarismo extremo, não por escolha minha, mas, por incapacidade física mesmo em decorrência das sequelas da chikungunya.

Do dia para noite me tornei algo como uma senhorinha de 90 anos com limitações físicas e debilidades graves, foi um baque emocional muito grande e com isso minhas atividades como blogueira e youtuber foram impactadas. Para lidar com as dores eu passei a tomar remédios que me fizeram engordar e me tornei uma gorda bem maior e sedentária, não por escolha minha, mas por causa das sequelas da chikungunya.

E porque estou explicando isso aqui? Estou explicando pois muita gente acha que pelo fato de defendermos indivíduos gordos, estamos fazendo apologia ao ganho de peso, o que não é verdade.

O risco maior para saúde de qualquer pessoa é o sedentarismo, seja magra ou gorda. É o sedentarismo aliado a maus hábitos alimentares e de vida, além da sua genética que te fará desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, enfartar ou ter um AVC, etc. Ser gorda maior ou menor não significa obrigatoriamente ser doente, não é uma sentença de morte. Eu fiquei doente e sedentária ao extremo da noite pro dia e não foi porque sou gorda, mas, porque um mosquito me picou e me transmitiu um vírus que ferrou meu organismo. Minha saúde decaiu pois passei a me entupir de remédios e corticóides para lidar com as dores e ter o mínimo de mobilidade para trabalhar todo santo dia, que isto fique muito claro! E nisso eu cheguei aos 180kg, de acordo com as estatísticas eu deveria estar morta né, mas, não estou.

E se eu decidir emagrecer, isto não quer dizer que coaduno com o pensamento que ser gordo é ser doente, será apenas uma decisão pessoal de me tornar menor.









sexta-feira, 24 de julho de 2020

Cicatrizes de Outro Amor

De repente, não mais que de repente você meu antigo amor me procura como se tivesse sido ontem que trocamos nossas juras, e isso me alegra e me fere como você nem imagina. E vejo sua foto com seu atual amor e me pergunto o porquê de ficar a minha procura e a resposta que encontro é que foi mera curiosidade e vontade de construir uma amizade.

Mas eu não posso mais ser um capricho seu, nem estar à mercê do seu bem querer, por isto novamente me dói dizer-te adeus e você não faz ideia do quanto ainda me dói partir.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

“A empresa em que trabalhava me demitiu por eu ser negra e gorda”

Técnica em nutrição, Fernanda Franco, de 40 anos, foi demitida do “trabalho dos sonhos” com a justificativa de que sua aparência, "negra e gorda", não agradava os "frequentadores do restaurante". Desempregada e com a mãe doente, ela recebeu apoio de amigos para comer e comprar medicamentos, até dar a volta por cima e abrir seu próprio restaurante em São Carlos, interior de São Paulo

A técnica em nutrição Fernanda Franco, que foi demitida com a justificativa de que ela era "negra e gorda" (Foto: arquivo pessoal)

“Sou a segunda de três filhos de um pedreiro e uma cozinheira. Tive uma infância humilde, nada fácil, mas muito feliz. Minha mãe, Dona Biga, se casou bem cedo e logo vieram os filhos. Quando éramos pequenos, ela nos deixava na creche às 7h, onde ficavámos até as 17h. Nessa creche, as mães tinham como uma das obrigações dedicar um dia do mês de serviço ao local para ‘pagar’ nossa estadia. Numa ocasião, durante uma feijoada beneficente, minha mãe resolveu colocar em prática seus dotes culinários e conquistou a todos, pois ela sempre cozinhou muito bem. Alguns dias depois, ela recebeu um convite para trabalhar na creche, cozinhando para quase 300 crianças, que passaram a considerá-la como mãe. Isso foi no final de 1985.

Cresci acompanhando minha mãe brilhar na cozinha e, assim, me apaixonei pela culinária também. Ia à escola de manhã e, à tarde, dava um jeito de fugir para ajudar minha mãe. Assim, aos 6 anos, decidi que queria fazer aquilo por toda minha vida.
Em 1986, a instituição onde minha mãe trabalhava abriu uma cozinha ainda maior, que fornecia alimentação para outros lugares. A produção era enorme e, nesse espaço, eu já não tinha tanto acesso, mas fazia visitas para espiar e admirar minha mãe liderando uma grande equipe de cozinheiros. Foi a primeira vez que vi uma nutricionista em ação, o que me encantou. Permaneci ali até os 18 anos: trabalhei no berçário, no escritório e, claro, na cozinha, com minha mãe, e decidi que meu destino era ser técnica em nutrição, sonho que realizei em 2008, após dois anos de intensos estudos.

Alguns anos antes, em 2001, vivi uma situação que mudou minha vida completamente. Ao perder meu pai, fiquei muito mal: quis morrer, tive depressão e desenvolvi transtornos alimentares. De 80 fui para 160 quilos rapidamente.
Conto isso porque, no final de 2018, uma amiga me indicou a uma vaga numa empresa que gerencia vários restaurantes. Era uma proposta irrecusável, primeiramente, pelo salário,  ótimo, e também pelo grande número de funcionários que o restaurante atende, um desafio que iria acrescentar muito ao meu currículo. Parecia o ‘emprego dos sonhos’.

Nessa época, tinha parado a faculdade de nutrição por falta de grana e vi nessa oportunidade a chance de voltar e dar continuidade a minha formação. A supervisora da empresa pediu meu currículo e me chamou para uma conversa, que acabou se transformou em entrevista e, por fim, fui contratada. Foi tudo muito rápido: em menos de duas horas fui aprovada. Fiquei muito feliz.

Comecei a trabalhar e me dediquei muito. Passei pela fase da experiência com mérito e tudo parecia estar bem. Trabalhei lá por um ano e meio, de segunda a sábado e, junto à nutricionista, cuidava da administração da unidade de alimentação do restaurante, do controle de qualidade e das rotinas administrativas, além da elaboração de cardápios, realização de eventos e atendimento ao público. Fui muito feliz e aprendi demais, até ser demitida, em março de 2019, de um modo que me chocou bastante. As palavras mais duras que ouvi na minha vida vieram por e-mail: ‘Boa tarde! Peço para que desligue a técnica em nutrição Fernanda Franco por ela não agradar fisicamente aos usuários do nosso restaurante. Peço que a substituição seja feita por alguém que tenha as características físicas, peso e cor diferentes da colaboradora’. Todos os preconceitos estavam reunidos numa única mensagem.


Meu mundo caiu. Chorei horrores. Para completar, no mesmo dia, minha mãe foi internada com uma meningite grave. No hospital, não tive coragem de contar que acabara de ser demitida e o motivo. Minha mãe ficou 37 dias internada. Gastei todo o dinheiro da minha rescisão em sua recuperação e, quando ela teve alta, me vi de volta a 1984, quando passávamos fome, mas agora não tinha mais meu pai e precisava dar conta de tudo sozinha, agora com minha mãe doente.

Fiquei tão chocada com o motivo da demissão que nem quis mais falar a respeito com ninguém da empresa. Voltei lá só para assinar minha demissão, na recepção, sem precisar encontrar ninguém. Foi um alívio. Sendo uma mulher negra, pobre, obesa, já vivi muitos preconceitos, mas, como esse, nunca.



Para ajudar minha mãe, passei a fazer bico como cuidadora de idosos. Tivemos apoio de amigos maravilhosos, que nos ajudaram com alimentos e remédios. Uma amiga me encorajou a abrir meu próprio espaço e eu, como a fênix que sempre fui, meses depois, inaugurei meu restaurante. É ainda bem simples e pequenino. Servimos comida caseira e também ‘marmitex’, mas tudo é feito com muito amor. Coloquei o nome da minha mãe, D. Biga Cozinha e Chopp, em homenagem a mulher que me ensinou tudo sobre cozinha, dedicação e amor! Continuo fazendo bolos e pães, que são um verdadeiro sucesso. Aos poucos, estou conquistando minha clientela, que adora meu tempero e meus quitutes.



Minha irmã mais nova, Débora, trabalha comigo. Espero nunca mais trabalhar para ninguém e nunca mais viver tamanha humilhação. Vou lutar pelo que acredito e mostrar que posso ser uma nutricionista negra e gorda, sem ter de dar satisfações para essa sociedade hipócrita."


Publicado aqui







terça-feira, 16 de julho de 2019

Visitinha ao Spa das Sobrancelhas - Tingimento de Cìlios



Vocês bem sabem que estou na luta com a chikungunya há três longos anos né, e que ela me trouxe como sequela a fibromialgia e com isso eu sinto muitas dores e minha sensibilidade à dor aumentou muito, mesmo para coisas simples como fazer a sobrancelha. E sem a minha coordenação motora completa de volta, nem passar um rímel direito eu consigo certos dias, por isso decidi visitar o Spa das Sobrancelhas de perto de casa e além do Design de Sobrancelhas, também tingir.


Uma das facilidades que o Spa das Sobrancelhas oferece é a marcação de horário pelo App, e eu que já adoro uma facilidade tecnológica fiquei encantada com a modernidade. O agendamento é confirmado via e-mail pelo estabelecimento.

Antes
A vermelhidão do rosto é por causa da rosácea, em breve post com dicas e produtinhos novos que vou testar para aliviar e disfarçar a vermelhidão. Na foto estou usando apenas o pó compacto da contém 1 grama.

Durante

Quatro dias depois e a henna da sobrancelha ainda está lá

Eu que só ia fazer a sobrancelha acabei tingindo a sobrancelha e os cílios também. O tingimento dos cílios dura quase um mês e o resultado é bem natural, queria ter feito também o permanente de cílios mas o produto novo ainda não estava disponível para uso. O efeito que dá no olhar é como se tivesse passado uma camada de rímel, fica muito natural e o olhar não fica pesado e nem carregado ou artificial.

Eu estou mega feliz com o resultado! E vocês já conhecem o Spa das Sobrancelhas? Me contem!








segunda-feira, 8 de julho de 2019

Tocar o Foda-se




Por isso é extremamente importante saber tocar o foda-se! É uma questão de saúde, mental, emocional e física. Sim, física! A dor de cabeça que você sente aqui, a queimação que arde ali está no foda-se que você não diz!

E se tem uma coisa que aprendi com doenças e dores crônicas é que ninguém vale o foda-se que você não diz, ninguém te considera tanto assim ahahahahah

Então na dúvida, foda-se!







sábado, 22 de dezembro de 2018

Voltei de Novo

Oi minhas gordivahs! Eu de novo voltei pro blog, tem sido quase três anos de indas e vindas e a luta contra a chikunguya realmente tem me deixado prostrada por meses, mas hoje eu acordei num dia bom, o que é muito raro, muito raro mesmo. E resolvi trabalhar, produzir, produzir e produzir conteúdo pra vocês.

Eu estou numa batida de trabalho muito acelerada, que tem me levado aos meus limites e muitas vezes até mesmo a ultrapassá-los. Embora desgastante, é muito gratificante ver o quanto sou capaz de produzir, mesmo que isso drene minha energia e eu não consiga tocar meus projetos paralelos. É bom saber que estou voltando a evoluir, mesmo que a passos de formiguinha, ainda que para o ritmo ultra acelerado do Rio de Janeiro pareça nada, como eu sempre costumo ouvir hahaha Para euzinha, esse ser humaninho aqui que vos escreve mesmo com dor, sim, ainda sinto dor, cada conquista, leve melhora, é um baita motivo pra celebrar.

Antes eu me sentia uma múmia, mal conseguia dar 500 passos por dia, hoje eu ando em média 3 a 4 km todo dia, contando todos os passos, já consigo pegar um trem, um metrô, consigo andar por mais de um minuto. Antes eu era um muminha cheia de dor e adesivos analgésicos e térmicos pelo corpo, cheia de dor, encurvada, triste e chorosa.

Agora estou recuperando minha mobilidade até então ultra reduzida, estou correndo atrás do meu condicionamento físico perdido, pois fui obrigada a levar um estilo de vida estritamente sedentário e gente na boa, quem aí é sedentário ao extremo porque quer, como consegue viver assim? Socorro! Odiei, odiei, odiei perder minha facilidade de subir ladeirões, andar horrores. É horrível você não conseguir andar direito, sentir dor, não ter resistência, como vocês conseguem só andar de carro? Faz isso não gente! Essa vida de só andar de Uber não faz bem pro coração nem pro bolso não, se você tem saúde, se você consegue andar, faça uso da sua saúde, saiba que tem gente que daria tudo pra ter a sua capacidade física para sair andando por aí, mas, por motivo de doença não consegue.

Eu queria estar no Hashtag Moda Plus hoje, mas ainda não me recuperei o bastante para encarar o desgaste físico de comparecer a eventos, mas tô animada porque sei que estou mais perto de conferir essa maravilha que mudou o cenário da Moda Gorda carioca.











sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Empresas são penalizadas por gordofobia no trabalho


A "gordofobia" é uma forma de discriminação, caracterizada pela falta de tolerância com pessoas consideradas acima do peso ideal para aquilo que se convencionou como "padrão de beleza". Apesar da obesidade (18,9%) e o sobrepeso (54%) serem uma realidade para mais de 70% da população brasileira (Ministério da Saúde, 2018), os episódios envolvendo gordofobia têm sido recorrentes e, não raro, resultam no suicídio da vítima.

É o caso de duas adolescentes de 12 e 17 anos que cometeram suicídio após serem constantemente agredidas nas escolas em que estudavam. Recentemente, ao publicar nas redes sociais um vídeo para promover o movimento "outubro rosa", uma bailarina foi vítima de gordofobia, sofrendo ofensas online com relação à sua forma física. 

Em outro episódio, uma cozinheira sofreu assédio moral equiparado à discriminação por gordofobia no ambiente de trabalho, praticada por uma colega. Neste caso, a Justiça do Trabalho condenou a empresa por não zelar pelo ambiente de trabalho e proteger a trabalhadora.

Vale lembrar que, seja online ou offline, os atos de gordofobia configuram crime e estão sujeitos à reparação de danos morais e materiais na esfera civil.

Por isso, as vítimas, ou em sua ausência, seus familiares, devem registrar boletim de ocorrência junto à autoridade policial competente, apresentando eventuais provas das agressões, como prints das redes sociais identificando as ofensas e seus autores, gravações, testemunhas, etc., além de buscar, o mais rápido possível, apoio jurídico especializado, para que possam ser adequadamente orientadas a respeito da condução da ação penal, mecanismos jurídicos para fazer cessar as agressões e vias de reparação dos danos sofridos.

Nesse sentido, decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu a culpa gravíssima da empresa e dobrou o valor da indenização por danos morais devido a uma trabalhadora vítima de gordofobia.

Por isso, a gordofobia extrapola a preocupação exclusiva das vítimas, e passa a ser um problema para as empresas que são ou podem vir a ser palco das agressões. 

É pacífico na jurisprudência que as empresas são responsáveis por manter um ambiente saudável nas suas dependências, devendo coibir toda e qualquer prática ofensiva à integridade moral e física das pessoas, bem como por identificar e fazer cessar eventuais agressões que sejam praticadas contra seus colaboradores ou clientes.

Isso significa que, além do autor-agressor ou de seus responsáveis legais, as empresas podem - e devem - responder judicialmente pela reparação dos danos experimentados pelas vítimas de gordofobia e até mesmo por seus familiares, quando for o caso.

Diante desse quadro, a recomendação é que gestores de recursos humanos e relacionamento com o cliente dediquem atenção especial ao tema, a fim de que possam criar políticas de prevenção à gordofobia e verificar se a empresa possui rotinas bem definidas que permitam a denúncia, identificação e solução dos casos com a maior rapidez possível, evitando ao máximo a exposição da vítima.

Para isso, a assessoria jurídica especializada é capaz de orientar a condução dos casos de gordofobia adequadamente, atuando com eficiência com vistas a limitar a extensão dos danos e estabelecer os remédios jurídicos aplicáveis a cada caso.


Daniela Lopomo Beteto é advogada especialista em Direito do Trabalho no Trevisioli Advogados


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Semana da Visibilidade Assexual 2018



Uma nova semana da visibilidade assexual chegou e quase não se vê nada nas redes sociais brasileiras sobre, o que já era esperado, ainda mais no período eleitoral que estamos vivendo, mas, este post não é sobre isto. Poucos devem lembrar, eu me descobri assexual e revelei isto para as seguidoras e algumas pessoas se interessaram pelo assunto. E me trouxe uma alegria imensa saber que existiam outras pessoas como eu, no caso demissexual. Eu sempre tive essa coisa de precisar me conectar para ter algo com alguém, principalmente sexo. Eu nunca funcionei sem um click, uma ligação com o outro e me sentia tão antiquada por isso.

A cada ano a data da semana da visibilidade assexual muda

Não era uma escolha racional, era simplesmente como eu funcionava, e eu não entendia como podia ser assim, me causava angústia não entender como eu poderia ser tão diferente das minhas outras amigas que se interessavam por inúmeros caras desconhecidos e conseguiam ter sexo casual sem nem precisar conversar muito antes, ou conhecer um pouco o outro. Achavam que eu era santinha, mas, não era isso, nunca foi isso.



E o mais louco na assexualidade é que não há uma regra fixa, UM JEITO CERTO ou errado de ser assexual (ace), cada um vivencia a sua sexualidade de sua própria maneira, uns com sexo sim, outros sem sexo nenhum. A assexualidade é um termo guarda-chuva, um espectro onde você pode experimentar zero atração sexual ou alguma atração sexual em condições diferentes do alosexuais, como é o caso dos gray-a e demissexuais. Eu acho errado classificar os demi e gray-A fora do espectro ace e invalidar sua existência, dizendo que só pode ser ace, se você experiencia nenhuma atração sexual. Eu sem uma ligação, sem uma conexão, sou totalmente ace, mas se crio esse laço com alguém aí a atração surge, o que não me torna menos ace que um arromântico por exemplo. A minha excitação requer uma ligação além do estímulo que funciona com a maioria das pessoas, seria uma forma simplista de explicar, mas acho que é por aí.

Alguns símbolos ace para nos reconehcerem


E então, será que você conhece algum ace? Ou será que você também é um de nós?











Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah

domingo, 30 de setembro de 2018

A Arte de Viver Com Coração Partido

Taí algo que domino e sou especializada em ter: Coração Partido. Nunca "sou sua, mas não posso ser" foi tão real. Acho que à medida que os anos passam, eu me torno mais burra e impulsiva. A vida é mais breve que o fôlego que a mantém a cada instante. E quando e se vocês tiverem a oportunidade de completar uns 90 anos de vida como eu, e uns 900 anos de amar e se entregar livremente, talvez me entendam.









Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah