quinta-feira, 18 de março de 2021

Ser Invisível

 


Não é um super poder, é um fenômeno social que acontece com algumas pessoas e eu sou uma delas. No início dói todos os dias, com tempo continua doendo, mas, você acaba se acostumando a não ser notado. 

E tem dias que essa invisibilidade vai pesar, te jogar na maior bad e tem dias também, raros, em que alguém vai enxergar você e te notar de forma positiva. 

E esta semana eu vivi isso, conheci pessoas que me surpreenderam por simplesmente conseguirem me enxergar e se importar comigo. 

E caramba, isso trouxe um impacto maravilhoso na minha vida e que eu realmente não esperava sabe.

Gratidão a todos que enxergam os invisíveis aos olhos da sociedade e os acolhem e se importam com eles❤










Beijões gordos,

Claudia Rocha

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Hiato

 


É povo, tem muito tempo que não apareço por aqui, mutia coisa aconteceu e quem me acompanhava sabe disso.

Eu tive complicações com a endometriose e logo em seguida pequei a chikungunya, isso em março de 2016 e de lá para cá foi tudo ladeira abaixo kkkkkkkkk. A chikungunya em mim tirou parte dos movimentos do braço direito por um tempo, durante 4 anos eu perdi quase toda a mobilidade que eu tinha e me vi aprisionada em um sedentarismo extremo, não por escolha minha, mas, por incapacidade física mesmo em decorrência das sequelas da chikungunya.

Do dia para noite me tornei algo como uma senhorinha de 90 anos com limitações físicas e debilidades graves, foi um baque emocional muito grande e com isso minhas atividades como blogueira e youtuber foram impactadas. Para lidar com as dores eu passei a tomar remédios que me fizeram engordar e me tornei uma gorda bem maior e sedentária, não por escolha minha, mas por causa das sequelas da chikungunya.

E porque estou explicando isso aqui? Estou explicando pois muita gente acha que pelo fato de defendermos indivíduos gordos, estamos fazendo apologia ao ganho de peso, o que não é verdade.

O risco maior para saúde de qualquer pessoa é o sedentarismo, seja magra ou gorda. É o sedentarismo aliado a maus hábitos alimentares e de vida, além da sua genética que te fará desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, enfartar ou ter um AVC, etc. Ser gorda maior ou menor não significa obrigatoriamente ser doente, não é uma sentença de morte. Eu fiquei doente e sedentária ao extremo da noite pro dia e não foi porque sou gorda, mas, porque um mosquito me picou e me transmitiu um vírus que ferrou meu organismo. Minha saúde decaiu pois passei a me entupir de remédios e corticóides para lidar com as dores e ter o mínimo de mobilidade para trabalhar todo santo dia, que isto fique muito claro! E nisso eu cheguei aos 180kg, de acordo com as estatísticas eu deveria estar morta né, mas, não estou.

E se eu decidir emagrecer, isto não quer dizer que coaduno com o pensamento que ser gordo é ser doente, será apenas uma decisão pessoal de me tornar menor.









sexta-feira, 24 de julho de 2020

Cicatrizes de Outro Amor

De repente, não mais que de repente você meu antigo amor me procura como se tivesse sido ontem que trocamos nossas juras, e isso me alegra e me fere como você nem imagina. E vejo sua foto com seu atual amor e me pergunto o porquê de ficar a minha procura e a resposta que encontro é que foi mera curiosidade e vontade de construir uma amizade.

Mas eu não posso mais ser um capricho seu, nem estar à mercê do seu bem querer, por isto novamente me dói dizer-te adeus e você não faz ideia do quanto ainda me dói partir.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

“A empresa em que trabalhava me demitiu por eu ser negra e gorda”

Técnica em nutrição, Fernanda Franco, de 40 anos, foi demitida do “trabalho dos sonhos” com a justificativa de que sua aparência, "negra e gorda", não agradava os "frequentadores do restaurante". Desempregada e com a mãe doente, ela recebeu apoio de amigos para comer e comprar medicamentos, até dar a volta por cima e abrir seu próprio restaurante em São Carlos, interior de São Paulo

A técnica em nutrição Fernanda Franco, que foi demitida com a justificativa de que ela era "negra e gorda" (Foto: arquivo pessoal)

“Sou a segunda de três filhos de um pedreiro e uma cozinheira. Tive uma infância humilde, nada fácil, mas muito feliz. Minha mãe, Dona Biga, se casou bem cedo e logo vieram os filhos. Quando éramos pequenos, ela nos deixava na creche às 7h, onde ficavámos até as 17h. Nessa creche, as mães tinham como uma das obrigações dedicar um dia do mês de serviço ao local para ‘pagar’ nossa estadia. Numa ocasião, durante uma feijoada beneficente, minha mãe resolveu colocar em prática seus dotes culinários e conquistou a todos, pois ela sempre cozinhou muito bem. Alguns dias depois, ela recebeu um convite para trabalhar na creche, cozinhando para quase 300 crianças, que passaram a considerá-la como mãe. Isso foi no final de 1985.

Cresci acompanhando minha mãe brilhar na cozinha e, assim, me apaixonei pela culinária também. Ia à escola de manhã e, à tarde, dava um jeito de fugir para ajudar minha mãe. Assim, aos 6 anos, decidi que queria fazer aquilo por toda minha vida.
Em 1986, a instituição onde minha mãe trabalhava abriu uma cozinha ainda maior, que fornecia alimentação para outros lugares. A produção era enorme e, nesse espaço, eu já não tinha tanto acesso, mas fazia visitas para espiar e admirar minha mãe liderando uma grande equipe de cozinheiros. Foi a primeira vez que vi uma nutricionista em ação, o que me encantou. Permaneci ali até os 18 anos: trabalhei no berçário, no escritório e, claro, na cozinha, com minha mãe, e decidi que meu destino era ser técnica em nutrição, sonho que realizei em 2008, após dois anos de intensos estudos.

Alguns anos antes, em 2001, vivi uma situação que mudou minha vida completamente. Ao perder meu pai, fiquei muito mal: quis morrer, tive depressão e desenvolvi transtornos alimentares. De 80 fui para 160 quilos rapidamente.
Conto isso porque, no final de 2018, uma amiga me indicou a uma vaga numa empresa que gerencia vários restaurantes. Era uma proposta irrecusável, primeiramente, pelo salário,  ótimo, e também pelo grande número de funcionários que o restaurante atende, um desafio que iria acrescentar muito ao meu currículo. Parecia o ‘emprego dos sonhos’.

Nessa época, tinha parado a faculdade de nutrição por falta de grana e vi nessa oportunidade a chance de voltar e dar continuidade a minha formação. A supervisora da empresa pediu meu currículo e me chamou para uma conversa, que acabou se transformou em entrevista e, por fim, fui contratada. Foi tudo muito rápido: em menos de duas horas fui aprovada. Fiquei muito feliz.

Comecei a trabalhar e me dediquei muito. Passei pela fase da experiência com mérito e tudo parecia estar bem. Trabalhei lá por um ano e meio, de segunda a sábado e, junto à nutricionista, cuidava da administração da unidade de alimentação do restaurante, do controle de qualidade e das rotinas administrativas, além da elaboração de cardápios, realização de eventos e atendimento ao público. Fui muito feliz e aprendi demais, até ser demitida, em março de 2019, de um modo que me chocou bastante. As palavras mais duras que ouvi na minha vida vieram por e-mail: ‘Boa tarde! Peço para que desligue a técnica em nutrição Fernanda Franco por ela não agradar fisicamente aos usuários do nosso restaurante. Peço que a substituição seja feita por alguém que tenha as características físicas, peso e cor diferentes da colaboradora’. Todos os preconceitos estavam reunidos numa única mensagem.


Meu mundo caiu. Chorei horrores. Para completar, no mesmo dia, minha mãe foi internada com uma meningite grave. No hospital, não tive coragem de contar que acabara de ser demitida e o motivo. Minha mãe ficou 37 dias internada. Gastei todo o dinheiro da minha rescisão em sua recuperação e, quando ela teve alta, me vi de volta a 1984, quando passávamos fome, mas agora não tinha mais meu pai e precisava dar conta de tudo sozinha, agora com minha mãe doente.

Fiquei tão chocada com o motivo da demissão que nem quis mais falar a respeito com ninguém da empresa. Voltei lá só para assinar minha demissão, na recepção, sem precisar encontrar ninguém. Foi um alívio. Sendo uma mulher negra, pobre, obesa, já vivi muitos preconceitos, mas, como esse, nunca.



Para ajudar minha mãe, passei a fazer bico como cuidadora de idosos. Tivemos apoio de amigos maravilhosos, que nos ajudaram com alimentos e remédios. Uma amiga me encorajou a abrir meu próprio espaço e eu, como a fênix que sempre fui, meses depois, inaugurei meu restaurante. É ainda bem simples e pequenino. Servimos comida caseira e também ‘marmitex’, mas tudo é feito com muito amor. Coloquei o nome da minha mãe, D. Biga Cozinha e Chopp, em homenagem a mulher que me ensinou tudo sobre cozinha, dedicação e amor! Continuo fazendo bolos e pães, que são um verdadeiro sucesso. Aos poucos, estou conquistando minha clientela, que adora meu tempero e meus quitutes.



Minha irmã mais nova, Débora, trabalha comigo. Espero nunca mais trabalhar para ninguém e nunca mais viver tamanha humilhação. Vou lutar pelo que acredito e mostrar que posso ser uma nutricionista negra e gorda, sem ter de dar satisfações para essa sociedade hipócrita."


Publicado aqui







terça-feira, 16 de julho de 2019

Visitinha ao Spa das Sobrancelhas - Tingimento de Cìlios



Vocês bem sabem que estou na luta com a chikungunya há três longos anos né, e que ela me trouxe como sequela a fibromialgia e com isso eu sinto muitas dores e minha sensibilidade à dor aumentou muito, mesmo para coisas simples como fazer a sobrancelha. E sem a minha coordenação motora completa de volta, nem passar um rímel direito eu consigo certos dias, por isso decidi visitar o Spa das Sobrancelhas de perto de casa e além do Design de Sobrancelhas, também tingir.


Uma das facilidades que o Spa das Sobrancelhas oferece é a marcação de horário pelo App, e eu que já adoro uma facilidade tecnológica fiquei encantada com a modernidade. O agendamento é confirmado via e-mail pelo estabelecimento.

Antes
A vermelhidão do rosto é por causa da rosácea, em breve post com dicas e produtinhos novos que vou testar para aliviar e disfarçar a vermelhidão. Na foto estou usando apenas o pó compacto da contém 1 grama.

Durante

Quatro dias depois e a henna da sobrancelha ainda está lá

Eu que só ia fazer a sobrancelha acabei tingindo a sobrancelha e os cílios também. O tingimento dos cílios dura quase um mês e o resultado é bem natural, queria ter feito também o permanente de cílios mas o produto novo ainda não estava disponível para uso. O efeito que dá no olhar é como se tivesse passado uma camada de rímel, fica muito natural e o olhar não fica pesado e nem carregado ou artificial.

Eu estou mega feliz com o resultado! E vocês já conhecem o Spa das Sobrancelhas? Me contem!








segunda-feira, 8 de julho de 2019

Tocar o Foda-se




Por isso é extremamente importante saber tocar o foda-se! É uma questão de saúde, mental, emocional e física. Sim, física! A dor de cabeça que você sente aqui, a queimação que arde ali está no foda-se que você não diz!

E se tem uma coisa que aprendi com doenças e dores crônicas é que ninguém vale o foda-se que você não diz, ninguém te considera tanto assim ahahahahah

Então na dúvida, foda-se!