terça-feira, 8 de dezembro de 2015

DOR






Dizem  que a dor é algo essencial a vida, e receio que concordo em parte com isso, a dor ensina, embora machuque demais e muitas vezes nos deixe inertes de tanta destruição que sentimos por dentro. E pra mim uma das piores dores é ver que machuquei, provoquei dor em outra pessoa, isso acaba comigo, principalmente se não obtenho perdão. 

Fico muito triste e arrasada  com isso. Prefiro que me machuquem do que machucar os outros, prefiro pedir desculpas a deixar qualquer outro pensamento ou sentimento me impedir  de tentar levar paz pro coração que perturbei. Mas infelizmente nem sempre eu consigo cuidar dos corações que machuquei , pois eles vão embora e eu não os culpo por isso, mas isso não significa que eu esqueça ou deixe de me importar....



E dor pra mim é infelizmente uma palavra que definiu meu 2015, em todas as áreas da minha vida, dores físicas, psicológicas, da alma, do coração, da aura, do espírito. Foi um ano em que decepcionei muita gente, um ano em que senti muita dor física por causa da endometriose profunda, que até ser diagnosticada, parecia ser o câncer voltando ou um novo câncer. E pra preservar minha família durantes meses não contei o que tava rolando, só o povo do trabalho e meu melhor amigo sabiam e melhores amigas. E meu emocional ficou em frangalhos, tanta tensão, tanto medo dentro do peito, tanto choro preso na garganta e ao mesmo tempo tanta injustiça e intolerância que se eu não tivesse recebido o apoio do hero, eu acho, aliás eu tenho certeza que eu não estaria mais aqui mesmo. 



E foi um ano levando um caixote atrás do outro, amizades estremecendo, outros tipos de laços afrouxando, eu mudando muito por dentro e tentando lidar com isso. E quando enfim veio o diagnóstico de endometriose profunda mais uma bomba explodiu na minha cabeça e precisei começar a tomar hormônios....e ter que lidar com uma doença que traz a depressão como brinde, dentre tantos outros desequilíbrios no organismo, realmente não foi algo fácil de lidar. De repente eu que costumava ser alguém racional, me vi uma mulher extremamente emotiva que chorava a toa e via o humor oscilar sem que eu conseguisse segurar forte no leme e evitar meu barco de naufragar.


Mas pro mundo não importa, não interessa como você está por dentro, até mesmo porque, se eu não estava sabendo lidar comigo, imagine os outros. E não os culpo por isso. Em algum texto anterior mencionei que este ano decepcionei muitas pessoas e "decepção" seria uma palavra que definiria meu 2015 na vida de outros , mas esqueci de mencionar também "dor" que definiu a maior parte dos meus dias de 2015. A dor muda você, e os hormônios também, desprezo também, e muitas outras coisas.


Quando eu digo que sou sincera e honesta as pessoas já imaginam um daquelas pessoas que são grosseiras e vivem falando "verdades" pros outros, mas não é disso que tô falando. Quando eu digo que sou sincera e honesta, me refiro e confessar meus erros pras pessoas, pedir perdão por ter sido escrota ou qualquer coisa similar. Este final de ano eu havia decidido que passaria a fazer confissões para as pessoas, porque eu acreditava que elas mereciam, a verdade, foi uma das ideias mais estúpidas que tive na minha vida. O mundo não está preparado para viver sem mentiras, segredos e enganos. Não está preparado pra ouvir desabafos e muito menos a verdade que o outro tem a dizer. Nunca mais confesso mais nada na minha vida, morro negando e omitindo, afinal é assim que o mundo gira e funciona sem pane. É assim que os laços entre as pessoas sobrevivem, na base do engano, hipocrisia, falsidade, mentira e conexões superficiais.

Essa semana que disse algo que revoltou algumas pessoas bem próximas de mim, mas que reflete exatamente como estou me sentindo e o que estou pensando agora. Pra que eu sobrevivi a um câncer? Pra quê? Para continuar sentindo dor? Continuar aqui nesse plano só levando pedrada de tudo que é lado? Só pra continuar errando com as pessoas e piorando ainda mais o meu karma? Sabe eu achava que tinha resgatado minha fé na humanidade este ano, achava que enfim havia um motivo pra dar uma segunda chance pros seres humanos mas vejo que me enganei feio. E descobri que não sou mais uma boa pessoa, e que também parei de me importar, nada mais me importa agora e acho um desperdício eu estar aqui quando poderia estar no além. Que outra pessoa tivesse sido curada em meu lugar e eu tivesse partido logo. Eu tô tão, mas tão cansada disso tudo que não tô me importando com mais nada.

Por mim se eu caísse morta agora antes de terminar este texto, sinceramente não me importaria nem um pouquinho mesmo. Vida/Universo/karma cabô a palhaçada agora e saibam que me fechei de vez, e nunca mais vou me abrir de novo, nunca mais! E nunca mais vou tentar, nunca mais vou desistir, simplesmente pra mim agora tanto faz como tanto fez. Não quero saber de mais nada que vocês possam oferecer e nem ninguém! Cabô! E a minha cota de ser boazinha tá zerada, tô  sem bondade no estoque viu! E quer saber, eu vou é cuidar de mim e nunca mais vou gostar de ninguém em nenhum sentido ou perder tempo com quem nem se importa comigo! 








Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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Brigar Pra Quê?













Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
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Snap: gordivah

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DEPRESSÃO, UM DOS SINTOMAS MAIS PERIGOSOS DA ENDOMETRIOSE!!


Faz um tempinho que não passo por aqui. Estava meio mal, muito deprê. Desde dezembro, quando passei por um estresse, a minha endo voltou e, consequentemente, além da dor, a depressão também. Na verdade, já faz um tempo que quero falar sobre isso, mas acontece tanta coisa que tira o foco. Infelizmente, a endometriose não é uma doença que tem apenas um sintoma. Sabemos que a cólica menstrual, aquela forte, que não melhora com apenas um analgésico, é a principal causa da endometriose. O que poucos sabem é que a depressão também é um dos principais sintomas de quem sofre com a doença. Por isso, nós, portadoras de endometriose, uma hora estamos bem, outrora não. 



A depressão vem acompanhada da instabilidade de nosso humor. Coitados de nossos parceiros! Eu sempre achei que a instabilidade do meu humor variava por outras coisas, como por exemplo, o meu signo. Como sou do elemento água, em um determinado momento estou bem, mas daqui a pouco estou mal. E pensava que fosse normal. Mero engano! O pior é que não conseguimos mudar isso. A depressão é um dos piores sintomas da endometriose e, a meu ver, o de muitas outras doenças. É por conta dela que muitas mulheres tiram a própria vida. Por isso acho importante eu falar sobre o assunto. Nossos parentes não sabem lidar com a situação. No domingo, dia 6, eu fiquei o dia inteiro trancada no quarto. Além da dor, eu não tinha forças para levantar. Sei que muitos acham que depressão não é nada, outros que é doença de desocupado, outros que é doença de rico, porque não têm problemas para ocupar a cabeça, entre outros... Mas não! No caso de doenças crônicas como a endo, a depressão já vem no pacote. O endométrio necessita de hormônios sexuais para crecer e se desenvolver. Para bloquear o crescimento desses hormônios e, consequentemente, a menstruação, temos que usar uma substância que causa o efeito contrário, os chamados de antagonistas do GnRH . A isso dá-se o nome de menopausa induzida. No meu caso, eu fiz uso da dosagem mais alta do Zoladex , a 10,8 mg. Foi um horror! Na época, fiz um post especial contando todos os sintomas. A depressão e a ansiedade são alguns dos sintomas do Acetato de Goserelina, substância que compõe o Zoladex. Mas mesmo sem o uso do medicamento, a depressão já é comprovada em praticamente todas as portadoras de endmometriose. Sei que temos que nos policiar, mas não adianta. Até porque a endo nos traz tanta coisa, que um vai levando o outro. Como as dívidas. No total, as minhas já contabilizam R$ 17 mil reais. R$ 9 mil são só de cartões. E é justamente essa que tira o meu sono. E não vai achando que eu estou endividada porque sai gastando por aí. Não, não é nada disso! É que eu também achava que a endometriose não era nada. Não sabia que era essa maldita! Então, eu pensava que em pouco tempo minha vida profisional voltaria ao normal. Com isso, eu passava os remédios e até a comida nos cartões. Não queria pedir nada a ninguém. Sem trabalho, não tinha dinheiro para pagar as faturas e, a cada mês, os juros dos cartões (que são vergonhosamente absurdos e uma roubalheira), quase 17%. Isso fez com que a minha dívida só aumentasse. Esse é o motivo da minha insônia. O pior é você ser honesta e estar doente, em um país onde, os políticos roubam, sou só eu quem me ferro. Não pagando as dívidas, é o meu nome que vai para o Serasa e, o bandido do político, que rouba a cada dia mais, continua lá recebendo uma fortuna como salário mês a mês. É uma tristeza desesperadora. Beijos com carinho!



Publicado aqui





Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Sim, Eu Tenho Milhares de Defeitos

Você está perdida quando sabe para onde quer ir, seu destino e não reconhece ou conhece o caminho pra chegar lá, eu não estou nem perdida porque não sei pra onde ir, não sei mais meu rumo. Não vejo sentido em mais nada, de que adianta tentar fazer tanta coisa boa, tentar a todo custo espalhar alegria se no fim eu vou acabar sempre magoando alguém, se no fim algum erro meu irá invalidar tudo pelo que sempre me empenhei, se no fim verão que não sou nada daquela imagem bonita e perfeita que pintaram e imaginaram, vão perceber que jamais estarei a altura das expectativas deles ou de qualquer pessoa, porque eu tenho muitos defeitos, como qualquer pessoa, mas acho que no geral tenho mais defeitos e qualidades ruins do que qualidades boas. E embora eu tenha muita, mas muita vontade de fazer as coisas certo, de cativar, alegrar as pessoas a minha volta e não decepcionar ou machucar ninguém, eu sempre acabo fazendo isso com a minha sinceridade e transparência. Que não são coisas boas no final das contas, embora eu tenha sido criada pra sempre falar a verdade e ser sincera, acho que isso provavelmente é uma das minhas piores qualidades.



Sabe, se você está lendo isso, um aviso, eu tô muito, mas, muito, muito longe mesmo de ser digna da admiração de qualquer um, eu não mereço ser admirada, eu não sou um bom exemplo, só o que existe em mim e me move, e talvez seja isso que toque algumas pessoas e elas se identifiquem um pouquinho comigo, é a vontade de fazer as coisas ao meu redor melhor. E 3 anos atrás  quando eu sobrevivi ao câncer eu realmente achei que essa vontade seria o bastante pra espalhar luz e felicidade ao meu redor, imaginei, fantasiei que eu me tornaria alguém melhor e poderia ajudar outras pessoas. Mas infelizmente eu não perdi o dom de machucar quem chega perto demais de mim. 




Eu sou tão falha gente, tenho tantas imperfeições na alma que eu peço que não criem pequenas ou grandes expectativas ou esperem demais ou pouco de mim, porque eu um dia posso decepcioná-los e machucá-los. E decepção acho que seria uma palavra que me definiria na vida de muitas pessoas, eu nunca estou a altura do que esperam de mim e eu me desapeguei tanto dessa preocupação anos atrás, aceitei esse fato e desapeguei da preocupação de ser alguém que eu sei que nunca serei, eu nunca vou ser quem as pessoas idealizam que seu seja, por melhores que sejam as minhas intenções, vai ter um dia ruim em que estarei vivendo um péssimo momento e vou acabar errando feio com alguém. 

Eu nunca vou ser aquela que nunca vai errar, nunca vou ser aquela que nunca vai pisar na bola, nunca vou ser aquela que sabe resolver tudo da maneira mais simples e direta, sem drama, quando sentimentos muito intensos estão envolvidos. Essa  sou eu, cheia de defeitos, sincera e exagerada demais e muitas vezes injusta e intolerante em determinadas situações, mas sou honesta, verdadeira e sincera, se é que hoje em dia isso significa alguma coisa ainda...E humilde pra reconhecer meus erros e pedir desculpas, perdão àqueles que foram machucados por mim. Alguns conseguem me perdoar, outros não, mas quando eu olhar pra trás vou poder respirar aliviada por nunca ter deixado de fazer o que eu achava certo por causa de orgulho, tristeza, ressentimento ou qualquer coisa que seja. Quando perdoamos alguém, o maior benefício é nosso, nos livramos de uma carga negativa imensa e colocamos o amor, as energias positivas pra fluir na vida de outros, bom, pelo menos eu penso assim e busco fazer isso. Eu tenho milhares de defeitos, não se aproxime caso não consiga perdoar com facilidade.







Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah






sábado, 28 de novembro de 2015

Recesso de Fim de Ano, Mas Todo Sábado Vai Ter Vídeo Novo Lá No Canal!



Já é Natal pra uns, Carnaval pra outros e pra mim o Ano Novo já começou e com ele meu recesso de fim de ano/férias/abdução alienígena/mochilão pelas galáxias.

Os posts das pgs no face estão programados até 2016, todo sábado ainda terá vídeo novo lá no canal, se bater saudade me assiste lá, ou deixe recado onde quiser que quando voltar eu respondo. Vou me desconectar virtualmente, desinstalar aplicativos, ficar offline, meu cel tá dando pau mesmo e tá tudo travando e sei lá quando vou comprar um novo e poder trocar meu número por causa da fraude lá do banco...que ainda me deixou bolada em manter o mesmo número. 

Enfim, que 2015 termine melhor do que foi pra vocês até hoje e dezembro comece e encerre muito mas muito feliz e janeiro comece mais alegre ainda. Que as lágrimas derramadas se multipliquem em forma de sorrisos, que toda mágoa seja apagada e no lugar dela brote o perdão, que no lugar da auto depreciação você cultive diariamente o amor próprio, no lugar do desespero nasça a certeza de que acima dos céus cinzentos há sempre um céu estrelado brilhando e que assim a esperança nunca se apague em seus corações. 

¡Adios amigos!






Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"GordINHA" É O Caramba! Eu Sou GORDA!



A maioria por aí com certeza já ouviu que "bonitinho é  feio arrumadinho", então por qual motivo aceitam e muitas vezes até preferem ser chamadas de gordinha e suas variações e não de "gorda"? Não existe hierarquia corporal meu povo! Gordo é gordo! E não aceitar, não se apropriar de um termo que simplesmente se refere a uma entre tantas características físicas que termo para empoderamento é simplesmente contribuir pra perpetuar a gordofobia.

Entendam que qualquer palavra, dependendo da conotação, pode ser sim um xingamento, mas nós gordos não podemos ter medo, vergonha, aversão ao termo "gordo" por causa do significado pejorativo que a sociedade automaticamente atribuiu a ele. Nós gordos precismos tirar o nosso foco dos gordofóbicos e focarmos em nós! Em nosso empoderamento e processo de desconstrução dos preconceitos que aprendemos como verdades absolutas e irrefutáveis!



 "Gordinha, fofinha, cheinha" e suas variações são termos gordofóbicos sim! Pois passam a ideia errônea que gordo é uma palavra a ser riscada do nosso dicionário, quando não deve! Apodere-se do termo gordo, pare de temer usá-lo, não há nada de errado com a palavra GORDA!

Chega de usar eufemismo para se referir ao seu corpo! Basta  de usar expressões para mascarar meu tamanho e assim propagar preconceito velado! PARE hoje de usar gorda como xingamento, repense o lixo gordofóbico que foi armazenado aí dentro de você desde que você se entende por gente! Não se refira a si mesma com termos pejorativos, pare de repetir o comportamento da sociedade e pense por si mesma. Reveja seus conceitos sem funda-los nos argumentos dessa sociedade fútil, rasa, preconceituosa e opressora!

GORDA não precisa de eufemismo, não precisa de nada pra suavizar seu real significado, não precisa de diminutivo, não é grosseria, não é ofensa, não é xingamento, não é uma maldição, não é uma palavra ruim, não é termo pejorativo em sua natureza real e simples, não é algo a ser temido, não é algo que não deva ser pronunciado ou utilizado! É apenas uma palavra como alta, baixa, loira, ruiva, negra, albina, morena, branca, etc.....

E por favor né, gorda não é sinônimo de gulosa nem nada do gênero! Gorda é só uma palavra que se refere a um estado físico que está relacionado com a sua massa corporal e o efeito da gravidade da Terra sobre ela! Gorda não é sentimento! Gorda não é estereótipo! Gorda é só um adjetivo como qualquer outro! pare de alimentar esse tabu que é pronunciar, usar a palavra GORDA e se aproprie dela! Empodere-se com ela!


Eu sei que pra muitas é muita coisa pra assimilar num texto só, mas é preciso algum ponto de partida pra enfim vocês se libertarem de preconceitos e gordofobia velada que vocês aceitam e não se dão conta. Eu um dia já impliquei com o termo gorda, eu um dia já me ofendi quando me chamaram de gorda, mas hoje, eu penso por mim mesma, eu não carrego mais os conceitos gordofóbicos que a sociedade em ensinou, eu desconstruí aquele lixo que eu achava que era o correto. E hoje te convido a começar também esse processo. É difícil e cada uma leva seu tempo pra se desintoxicar de anos e anos de gordofobia e muitas vezes traumas, algumas precisam de apoio psicológico profissional pra isso, outras não. Mas todas nós estamos juntas nessa!  Você gorda empoderada que tá lendo isso e acha que pode ajudar no processo de empoderamento de alguém, compartilhe, acolha, converse e mostre que existem outras maneiras de pensar.

Se hoje eu consigo escrever algumas linhas nessa linha de pensamento é porque um grupo de gordas empoderadas me acolheu e ajudou a desconstruir muita coisa, eu ainda estou aprendendo como vocês, cada dia eu aprendo algo novo ou me deparo com uma nova maneira de ver certas coisas, o empoderamento e desconstrução que comecei ainda não terminaram e convido vocês a virem junto comigo nessa! Unidas, coerentes e conscientes poderemos fazer toda a diferença no mundo a nossa volta!

Eu sou gorda, sou obesa mórbida, branca, alta, ruiva, tatuada e nenhuma dessas palavras pra mim é motivo de envergonha ou embaraço, simplesmente porque são parte de quem eu sou, um conjunto de  poeira estelar que tá aqui tentando fazer algo pra mudar o que tá aí do outro lado da tela, mas, pra isso, eu peço encarecidamente, abra sua mente, desapegue dos seus próprios preconceitos e pare de se julgar e colocar pra baixo! Você é uma obra prima do universo, jamais existirá outra como você na história do universo inteiro! Pare de guardar opiniões negativas sobre si mesma e seu próprio corpo, jogue fora esse lixo que é a autodepreciação e acolha, convide pra morar pra sempre no seu coração o amor próprio!

Gorda é só uma palavra como outra qualquer! E saiba que todas nós somos incríveis e perfeitas exatamente do jeitinho que somos!






Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Olhares Estranhos Que Recebemos Em Público - GorDivah No Ar 18



Eu já recebi milhares de olhares estranhos só por causa do meu corpo, uma vez uma louca me fotografou comendo no aeroporto SDU. Mas sempre que relatamos pra alguém que isso ocorre, ninguém acredita. Talvez por isto a fotógrafa tenha feito esse projeto. A notícia foi publicada na página de uma editora: 

https://pt-br.facebook.com/ChiadoEditora/posts/10152921123973287

Este vídeo tá imperdível, conto um relato inédito sobre uma situação que aconteceu comigo...assista!






Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

PARE De Justificar Sua Saúde Porque Você É Gorda!


É recorrente, quase uma tradição entre as pessoas, gordofóbicas ou não, sempre condicionar a existência do corpo gordo, se este, na opinião, ou melhor, achismo deles, estiver saudável( saudável aqui na leitura deles é estar magro ou nos padrões midiáticos, ou seja, só o físico e dane-se todo o resto que forma o indivíduo que você é).

Primeiro de tudo, não justifique sua saúde, não apresente seus exames, não dê munição pra essa gente tosca que cisma de ficar policiando corpos gordos e nos censurando em tudo. Seu colesterol não é da conta de ninguém, seja alto ou baixo, seus triglicerídeos, sua glicose, sua insulina, nada disso é da conta de mais ninguém a não ser sua! O corpo é seu, as escolhas são suas e não é admissível aceitar que ninguém se meta na sua vida pelo simples fato de você ser gorda e os outros acharem que podem ditar o modo como você deve ser e viver!



Caso a polícia do corpo gordo  more no mesmo local que você e você queira rebater os argumentos furados, no caso do foda-se não ter funcionado, eu sugiro que comece esclarecendo pros opressores gordofóbicos que:

- Saúde não é apenas física, não envolve apenas aspectos físicos do seu corpo

- Saúde também é emocional, psicológica, mental

- Agindo como censores do seu corpo, com a desculpa incoerente de estarem preocupados com a sua saúde(física) eles estão fazendo um puta mal pra sua saúde emocional, psicológica, afetiva, mental...

- Se na visão deles você é um "doente crônico" o que eles são ao torturarem psicologicamente um "doente crônico"? Normais e saudáveis é que não são!

- Nem todo gordo tem doenças relacionadas a obesidade

- Vários magros apresentam doenças, quadros clínicos, que são normalmente relacionadas a obesidade

Se for preciso escreva em cartazes e espalhe pela casa, mande por em email todo dia, espalhe em post-it, o que a sua criatividade ditar.


Não permita que  a liberdade, intimidade que as pessoas tem com você sejam instrumento para te tratarem de modo abusivo, censurando seu corpo ou escolhas, se imponha, demarque seu espaço e autoridade sobre seu próprio corpo! Ninguém tem o direito de ditar quem ou o que você deve ser ou escolher, ninguém mesmo!  Chega de permitir que as pessoas nos exijam explicações e dados pessoais sobre nosso corpo! Basta povo! Ser gorda não é errado e não é desculpa pra deixar ninguém te oprimir por causa do seu tamanho!

Nós não vamos conseguir mudar os gordofóbicos em seres sensatos, mas podemos ajustar nossas atitudes, comportamento e abrir o pensamento pra lidar de forma diferente com a gordofobia. E também abandonar frases gordofóbicas que você repete sem se dar conta, frases como: " ah eu sou gorda mas meus exames estão normais", "ah eu sou gorda fitness", ah eu sou gorda MAS sou saudável", " ah eu estou emagrecendo por isso ou aquilo", "ah o que importa é ter saúde" e lixos desse tipo que só fazem reforçar o estereótipo do gordo no modo pejorativo, como doente, preguiçoso, insatisfeito consigo mesmo, etc....



Eu sou GORDA e ponto! E a minha obesidade, minhas dobras, estrias, celulites, tatuagens, cicatrizes, e toda e qualquer parte do meu corpo não é da sua conta! Não é assunto ou responsabilidade sua! E eu não pedi, aliás, eu tô cagando pra porra da tua opinião sobre meu corpo gordo! Tô pouco me lixando pro seu padrão de beleza, pro que você prefere ou não! Eu não nasci pra agradar a sociedade, eu nasci pra ser eu mesma, livre, ser quem eu quiser,inclusive gorda! E eu NÃO SOU OBRIGADA a  justificar o motivo de ser gorda, não mesmo!



E se vier perguntar sobre informações de exames vai ouvir um belo: Isto não é da sua conta, você não é meu médico! Não te interessa! E vai ser feliz e viver sua própria vida, porque quem é feliz de verdade não perde o tempo que tem perseguindo e fiscalizando gordos! 
Tá preocupadinho com a saúde das pessoas tá, vai fazer medicina então e cuidar de quem for seu paciente!


Não se meta com uma Rainha da Beleza
Meu corpo majestosamente gordo não é um convite pra você se meter na minha intimidade, vida, escolhas! O fato de ser gorda não deixa escrito na minha testa "venha falar coisas gordofóbicas pra mim". Eu sou responsável por mim mesma, meus atos e escolhas e não você! E como vai minha saúde?  Não é da sua conta!





quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Cadê os Gordos Que Querem Militar Pelos Seus Direitos?



Gordofobia e desrespeito ao gordo é algo que é aceito, engolido, encarado como motivo pra ficar quieto e não passar vergonha, mas, é preciso ter em mente que enquanto engolirmos caldos a gordofobia, seja em qual esfera for, esta maldita praga vai continuar fazendo parte da nossa rotina, da nossa vida, a opressão vai continuar pra sempre enquanto abaixarmos a cabeça! Lutar pelos direitos dos gordos é algo que todos os gordos deveriam fazer, independente  da demora ou não em conseguir resolver de imediato a situação. Temos o PROCON, temos a ouvidoria dos estabelecimentos, em alguns casos até mesmo portais do governo que nos orientam e direcionam pros canais corretos onde denunciar gordofobia e cobrar nossos direitos, acessibilidade, inclusão social.

Até mesmo em redes sociais podemos cobrar, a internet tá aí pra quem quiser usar e ousar mostrar a cara e cobrar o que temos direito! O que me mata é fazer posts, pesquisar sobre direitos dos gordos, tentar mobilizar para militarmos e ninguém ou quase ninguém se interessar. Será que eu sou parte de uma minoria que não quer saber de "plus size" mas sim de representatividade gorda?! Será que tão poucos são desrespeitados, menosprezados por seu peso que não se interessam em conhecer seus direitos e lutar por eles.


Não em admira que em alguns grupos de gordas e "gordinhas" tenham denunciado um post meu sobre acessibilidade de obesos como abusivo. Até quando vocês sofrerão calados? Até quando ficarão de braços cruzados só focando no lado estético da gordofobia?!

Acordem! Se interessem por seus direitos! Se engajem nessa luta! Juntos podemos muito mais! Resgatem o desejo de lutar, catem a coragem no fundo  da alma, mas por favor se mexam! Se mobilizem!







Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah

terça-feira, 27 de outubro de 2015

“Os Princípios de Empoderamento das Mulheres” - ONU



Entender como funciona o Empoderamento Feminino é o primeiro passo para começar a prática-lo em casa, no trabalho, com os vizinhos ou em qualquer outro lugar. Segundo os Princípios da ONU, você empodera uma mulher quando:

1 – Estabelece liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero. Se você trabalha em cargo de liderança, é seu papel promover, apoiar e fortalecer mais mulheres para cargos de liderança.
2 – Trata todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho – respeita e apoia os direitos humanos e a não discriminação. Paga os mesmos salários, garante que as políticas e práticas do ambiente de trabalho estejam livres de discriminação com base em gênero.
3 – Garante a saúde, segurança e bem estar de todos os trabalhadores, homens e mulheres. Estabelece uma política de tolerância zero a todas as formas de violência no trabalho, incluindo verbal e/ou física e prevenir assédio sexual.
4 -Promove educação, treinamento e desenvolvimento para as mulheres. Investe em políticas e programas do local de trabalho que abram caminho para a promoção das mulheres em todos os níveis e áreas do negócio, bem como estimula as mulheres a entrar em campos de trabalho que não os tradicionais, Tecnologia da Informação, por exemplo.
5 – Implementa desenvolvimento empresarial, cadeia de fornecimento e práticas de comercialização que deleguem poder às mulheres. Contrata serviços de empresas geridas por mulheres, incluindo pequenas empresas, e mulheres empresárias. Respeita a dignidade das mulheres em todos os materiais de marketing e outros da empresa.
6 – Promove a igualdade através de iniciativas e defesa comunitária. Alavanca influência, sozinho ou em parceria, para defender a igualdade de gênero e colaborar com parceiros, fornecedores e líderes da comunidade para promover a inclusão. Promove e reconhecer a liderança e contribuições das mulheres em suas comunidades e garantir a representação suficiente das mulheres em qualquer consulta comunitária.
7 – Mede e publicar o progresso para atingir igualdade de gênero. Divulga publicamente as políticas da empresa e plano de implementação para promover a igualdade de gênero. Assim, mais empresas podem aprender e se inspirar nos seus Planos e levar o empoderamento feminino para sua organização.
Praticar o Empoderamento Feminino é papel de todos, homens e mulheres. Olhe ao seu redor, quantas mulheres da sua equipe ou da sua empresa precisam ser empoderadas? Quantas poderiam estar desenvolvendo resultados incríveis para a empresa e para ela mesma se tivesse mais suporte? Está nas minhas e nas suas mãos promover a igualdade de gênero e o potencial que todos podem expressar. Empodere!

Publicado aqui




Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Trilha Sonora by GorDivah - These Days




<3 Dave é muito muso <3

One of these days
The ground will drop out from beneath your feet
One of these days
Your heart will stop and play it's final beat
One of these days
The clocks will stop and time won't mean a thing
One of these days
Their bombs will drop and silence everything

But it's alright
Yes, it's alright
I said it's alright

Easy for you to say
Your heart has never been broken
Your pride has never been stolen
Not yet, not yet

One of these days
I bet your heart'll be broken
I bet your pride'll be stolen
I'll bet, I'll bet, I'll bet, I'll bet
One of these days
One of these days

One of these days
Your eyes will close and pain will disappear
One of these days
You will forget to hope and learn to fear

But it's alright
Yes, it's alright
I said it's alright

Easy for you to say
Your heart has never been broken
Your pride has never been stolen
Not yet, not yet

One of these days
I bet your heart'll be broken
I bet your pride'll be stolen
I'll bet, I'll bet, I'll bet, I'll bet
One of these days
One of these days

But it's alright
Yes, it's alright
I said it's alright
Yes, it's alright

Don't say it's alright
Don't say it's alright
Don't say it's alright

One of these days
Your heart will stop and play it's final beat
But it's alright

Easy for you to say
Your heart has never been broken
Your pride has never been stolen
Not yet, not yet

One of these days
I bet your heart will be broken
I bet your pride will be stolen
I'll bet, I'll bet, I'll bet, I'll bet

One of these days
One of these days
One of these days


Tradução no vídeo   =))





Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

domingo, 18 de outubro de 2015

Turma da Mônica e a nossa prisão imaginária

Acho que todo mundo conhece os personagens da Turma da Mônica, né?
E, consequentemente, sabem quem são Mônica e Magali, assim como as suas características: Mônica, baixinha, dentuça gorducha e bem brava. Magali, gentil, comilona e despreocupada. Pois bem, eu sempre fui meio Mônica. Aliás, bastante. Baixinha, gordinha e até um pouco dentuça. Brava? É, preciso admitir que sim, um pouquinho.
Pode parecer drama de criança, mas ver a Mônica sendo chamada de gorda quando seu desenho mostrava apenas um corpinho infantil cheio de linhas retas era bem incômodo. Que fosse tolerável rir e maltratá-la nas histórias, mais ainda. Na época, eu olhava meu corpo redondo e gordinho, e minha mente tão nova raciocinava: “Se ela é gorda, eu sou o quê, então?”.
E eu também sofria provocações constantes por causa do meu corpo, claro. Mas, ao contrário da Mônica, eu não era assim tão boa em me defender. Ficava irritada comas ofensas, é verdade, e até reagia em alguns casos, mas acho que nunca fui tão enérgica quanto ela. Nunca devolvi provocações, nunca corri atrás de quem me xingava ou atirei um coelhinho azul em ninguém. Pra ser sincera, eu mal demonstrava que ficava triste ou o quanto isso me incomodava.
Por que isso acontecia? Por que a minha braveza nunca serviu pra reagir de verdade a essas agressões?

Talvez vocês fiquem tão surpresas agora quanto eu fiquei ao notar que a minha falta de reação é porque eu acreditava que era pra ser assim mesmo. Me esforcei pra encontrar outra explicação, mas não foi possível… O preconceito e a agressão a pessoas por causa de seus corpos e aparências era tão normalizado, tão presente e aceito, que eu sequer tive oportunidade de pensar no assunto. Azar o meu ser assim. E pronto.
Aprendemos que somos erradas, de um jeito ou de outro, e que a única saída é aceitar isso e nos rejeitar, nos esconder, nos modificar. Não nos é dito que podemos pensar diferente, que podemos ser diferentes, e que é o nosso direito defender quem somos e o nosso bem-estar. Não é novidade, todas sabemos: não nos é ensinado que é possível gostar de nós mesmas.
À medida que crescemos, vamos constantemente sendo enfraquecidas; vão sendo retiradas, uma a uma, nossas armas e nossas defesas. E, verdade seja dita, nem sempre as ofensas chegam aos gritos e risadas, como acontece nos quadrinhos. Aliás, na maior parte das vezes, não há dedos apontando, e tudo é muito mais sutil. São proibições silenciosas e comentários abafados. A ausência de roupas do tamanho certo. A falta de representatividade na mídia. O julgamento disfarçado de preocupação, conselhos que a gente não pediu, elogios cheios de ressalvas, olhares que mais parecem tapas… E isso vira a nossa rotina.

Nós crescemos em tamanho e em limitações. Aprendemos proibições. Aceitamos a prisão. E, paradoxalmente, penso que, na verdade, nós vamos sendo diminuídas. 

“E que inveja da Magali que come um monte e não engorda!” – eu continuava pensando. Eu não comia demais. Nem a Mônica, que quase nunca aparecia comendo nas historinhas. Que azar o nosso de termos nascido erradas! O jeito, então, é não comer mesmo, né? Fazer o possível pra contornar esse problema, pra mudar e tentar encontrar um jeito de não ouvir mais as risadas e ofensas. Investimos o nosso tempo em aprender regras e moldes, apontar defeitos, descobrir formas novas – e, diga-se, uma mais inalcançável que a outra – de corrigir quem somos. E, acima de tudo, aceitamos cada vez mais limitações.


Ilustração da HQ linda do Vitor e da Lu Cafaggi.
Não posso comer o que gosto, não posso comer muito. Não posso usar essa saia. Não posso me interessar por essa pessoa. Não posso ir naquela viagem à praia. Não vou fazer uma tatuagem. Não transo de luz acesa. Não quero sair em fotos. Não sirvo pra fazer esses exercícios. Não mereço esse elogio.

Contei sobre essa minha reflexão com as personagens para ilustrar, porque fiquei surpresa de verdade com essa percepção, chocada que o meu corpo e a minha alimentação já fossem preocupações na infância. Infelizmente, as proibições e rejeições começam bem cedo na vida e, o que é pior, continuam a aumentar em número e intensidade. É triste pensar que, em grande parte, as coisas não mudaram em nada. Quantas outras limitações eu aprendi desde então?

Quantas coisas eu acredito que não posso fazer?


Quero que reflita também sobre como isso aconteceu pra você, sobre as suas limitações. Quantas delas são por causa do seu corpo? Quantas experiências você já rejeitou por causa da sua aparência? Quando você começou a pensar assim? E o mais importante: quantas dessas limitações você mesma está se impondo?

Muitas das nossas grades não são colocadas à força por algum agente externo. Não. Acontece algo ainda mais doloroso: nós mesmas vamos as construindo, pouco a pouco, com cada comportamento aprendido, cada regra seguida, cada proibição aceita. Nós vamos aceitando essas grades como a verdade, e terminamos presas em nossos próprios corpos. A mente fervilha de vontades, desejos, tesão, energia… e tudo esbarra e desmorona diante de um doloroso “não posso”. Evitamos a transformação das nossas ideias em ações, porque abrimos mão da ferramenta que temos para fazer isso: o corpo.

Ao invés de um veículo para agir no mundo, ele se torna mais um obstáculo. Enganadas e presas, acabamos não aproveitando a saúde, alegria, bom humor e disposição que temos. Continuamos paralisadas, sem ver o que nos impede, sem procurar as grades.

E sim, eu entendo que pode ser realmente difícil confrontar todas essas ideias aprendidas e tentar fazer diferente. Elas acabam se tornando muito íntimas, próximas, muito nossas. Então, me conceda a licença de repetir aqui o seguinte: é preciso lembrar constantemente de que o seu corpo é um veículo incrível, capaz de coisas extraordinárias. Imagine a quantidade de processos químicos, físicos e mágicos (por que não?) que acontecem só pra você acordar todos os dias. O trabalho microscópico em cada uma das suas células, o fluxo de energias, a trabalhosa composição e tradução de pensamentos em movimentos que te permitem fazer o café da manhã ou viajar pelo mundo. Eu sei, eu sei. Bem clichê e até bem brega, mas necessário. Continuar aceitando limitações imaginárias é desrespeitar tudo isso e seguir por um caminho de insatisfação e incompletude. Só percebendo todas as coisas interessantes, divertidas, enriquecedoras, complicadas e diversas que seu corpo te permite é que surge a chance de tratá-lo com o carinho e respeito que ele merece. Dê uma chance a esse pensamento.



Sabe aquela situação em que você acorda, mas não consegue se mexer? Já aconteceu comigo algumas vezes. Talvez já tenha passado por isso ou até mesmo sonhado com isso. Você vê e ouve tudo, mas é como se o seu corpo não reagisse e não fizesse o que você quer. A sensação é de medo, frustração, desespero. Pra mim, é inevitável pensar que, quanto mais aceitamos as proibições e rejeitamos nosso potencial físico, mais a nossa realidade fica parecida com esse estado de paralisia e prisão.


Eu não posso, tu não podes, ela não pode… O que está nos impedindo?

Não vamos permitir que isso continue! Não permita que aconteça com você. Reaja. Use o seu corpo, porque você pode. Ele é a sua maior ferramenta. Eu prometo que vou usar o meu também.  =)






Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sábado, 17 de outubro de 2015

As 11 chaves da infelicidade


Estamos tão saturados dos conselhos para ser feliz que já nem prestamos atenção neles, recusando a ideia de que possam nos ensinar alguma coisa a esta altura. Por isso, tirando proveito da utilidade que tem a psicologia inversa de nos fazer cair em si e abrir a cabeça frente a questões básicas, apresentamos 11 dicas para se sentir mal.
Entenda que, na verdade, o que procuramos com este artigo é criar consciência de que almejamos um bem-estar pelo qual não lutamos. Isso acontece porque dia a dia levamos a cabo pensamentos, comportamentos e ações que tornam difícil aceitar a vida como ela é, e fazem com que nos sintamos mal.
É obvio que, se o que você deseja é ser uma pessoa feliz, deverá fazer exatamente o contrário do que comentamos nestes 11 pontos.

1. Faça coisas que você odeia
É fácil. Sei que isto não vai ser difícil porque é provável que você seja ou tenha sido um especialista em amargura, realizando tarefas que não lhe são nada gratificantes. Se você quer se sentir triste e desmotivado, recomendo que você selecione o ofício que achar mais detestável.
2. Procure mudar as pessoas que você tem ao seu redor
Convido você a se estressar com as pessoas ao seu redor. Tente mudar a forma como elas são e se comportam. Sugiro que você não tolere a pluralidade e que tente moldar o seu parceiro, amigos ou familiares segundo os seus próprios gostos e interesses.
Tenho certeza de que essa frustração fará com que você se sinta tremendamente mal com o mundo.
3. Não deixe de se queixar nem um dia 
Esta é uma das premissas mais importantes que há na vida se você quer ser infeliz. Se queixar permitirá que você entre em um círculo vicioso de desgosto e desespero.
4. Viva no passado
Viver no passado o ajudará no seu propósito de ser infeliz pelo simples fato de que você não poderá fazer nada para mudá-lo ou revivê-lo. De fato, alimentar a sua mente e se lembrar dos seus erros, suas tristezas e inclusive desejar os grandes momentos que não voltarão é a melhor atitude na hora de nutrir de insatisfação.

5. Crie obsessão pelo futuro
Planeje e idealize de forma constante sem viver o presente. Não há nada melhor do que pensar em tudo que você ainda tem por fazer para se arrasar.

6. Mantenha os vampiros emocionais ao seu lado
Não se desprender do negativismo é uma grande fonte de infelicidade. Se você está mantendo ao seu lado as pessoas tóxicas que o rodeiam e o que você quer é se sentir mal, então você está indo pelo caminho certo. Por outro lado, se o que você pretende é se sentir bem, você deveria se livrar de todos aqueles que o incomodam por pura maldade.
7. Nunca confie em ninguém
Desconfiar de todo mundo fará você se sentir constantemente em pânico. Isso também permitirá que você guarde as suas emoções e sentimentos para si mesmo, o que estimula o isolamento e a solidão.
Se você que ser infeliz, sem dúvida o melhor é pensar que as pessoas são pura maldade e só querem se aproveitar de você. No caso de você querer ser feliz deveria se abrir aos outros sem reservas, para poder liberar o seu interior e ser quem você é de verdade.
8. Não se cuide
Coma da pior forma possível, tenha horários irregulares de sono e leve uma vida sedentária. Esse assunto de Mens sana in corpore sano é para aqueles que querem ser felizes, portanto, se você está cometendo o erro de não se cuidar e sente-se mal, comece a se questionar se talvez você está fechando uma porta de forma desnecessária.
9. Evite enfrentar os seus problemas
Fuja dos seus problemas e concentre-se nos conflitos sem considerar a possibilidade de solucioná-los. Sem dúvida uma parte indispensável para viver infeliz é estar afundado na preocupação e na angústia. Se não é isso que você quer, então deveria começar a fechar frentes abertas na sua guerra. A vida é feita para ser vivida e não para nos preocuparmos em como fazê-lo.
10. Nunca diga às pessoas que você as ama
Nós precisamos que nos amem e que nos façam saber disso, de modo a permanecer ao lado de alguém sem nos sentirmos um estorvo. Por isso, se você quer viver alheio ao mundo e não ter relações profundas, então o melhor é não falar dos seus sentimentos aos outros.
Contudo, se você quer que alguém que esteja ao seu lado se sinta bem e seguro, não se esqueça de lhe dizer de vez em quando quanto você o ama. É reconfortante. Além disso, a vida pode mudar em um segundo e não vale a pena manter palavras não pronunciadas em nossos lábios.
11. Pense de forma constante em quão infeliz você é
Para ser infeliz não há nada melhor que focar nos problemas e ter pensamentos circulares. Além disso, se o que queremos é nos sentirmos mal, esta é uma forma idônea de nos bloquearmos e não passar à ação.
Em resumo, se você quer se sentir bem e não consegue, então comece a pensar na possibilidade de estar fazendo alguma coisa errada, talvez seguindo um (ou vários) dos itens desta lista.

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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Criticar a indústria Plus Size é preciso



A indústria da moda é construída sobre o pilar da padronização feminina. Para fazer sucesso nesse ramo, muitos critérios de aparência física precisam ser atendidos; e ser magra, certamente, é um dos requisitos mais importantes. Apesar disso, alguns segmentos da indústria da moda têm concedido espaço para a chamada “moda Plus Size”: uma alternativa supostamente voltada para as mulheres gordas. Mas a maior parte das marcas, sobretudo por meio da publicidade voltada a esse ramo, continuam reproduzindo exclusão e criando uma hierarquização de corpos. Afinal, qual será o tamanho necessário para ser considerada plus size? E por que os catálogos de roupas mostram mulheres tão parecidas umas com as outras?

Para entender esse fenômeno é preciso refletir sobre o que é considerado belo em nossa cultura: o padrão branco e magro de beleza é mantido como o ideal e mulheres realmente gordas ainda são carimbadas como feias, inadequadas e desagradáveis aos olhos. A ideia de que existe um tipo certo de gorda, mais frequentemente a mulher chamada de “gordinha”, “cheinha” ou “gordelícia”, também colabora com a estigmatização das mulheres maiores.

Por isso, ao passar as páginas de um editoral de moda Plus Size, é possível ver várias fotos das ditas mulheres “cheinhas” ou até mesmo magras – geralmente também com cabelos lisos e pele clara. Estrias e celulites, tão comuns nos corpos das mulheres na realidade, são completamente inexistentes nessas imagens. Editar a fotografia e modificar o corpo dessas modelos são práticas comuns; ou seja, apesar da indústria alegar que gera inclusão, acaba por reforçar padrões discriminatórios e irreais, além de naturalizar mentalidades racistas e higienistas.

Não há nada de errado em ter um corpo gordo com celulites e estrias e nenhuma mulher deveria precisar se enquadrar em um padrão de “boneca” para ser considerada bonita. A beleza pode até ser algo subjetivo, mas a indústria Plus Size não parece concordar com essa afirmação, uma vez que perpetua todo tipo de imposição estética sobre suas modelos. As mulheres realmente gordas, aquelas que não têm o corpo meramente “cheinho”, acabam sendo ainda mais discriminadas, considerando que nem mesmo o próprio ramo Plus Size abrange suas necessidades.

Pensando nos tamanhos, formas e modelagens, a maioria massiva das roupas para gordas encontradas no mercado nem de longe consegue atender a vasta diversidade de corpos femininos. A começar pelas próprias gordas, que precisam procurar roupas particularmente grandes mesmo para o padrão “Plus Size”, já que as roupas comercializadas dificilmente vestem seus corpos. Além disso, nem toda gorda tem um corpo curvilíneo, com seios grandes, cintura fina e quadris largos. Os corpos gordos não são todos iguais e as donas desses corpos diversos também querem roupas bonitas, de qualidade e de preço acessível.

Ainda em tempo, há muito mais a ser criticado na indústria Plus Size. É preciso lembrar que a padronização e a segregação de pessoas jamais deve ser aceita, onde quer que esteja, até mesmo no ramo da moda. A indústria Plus Size não fornece uma solução verdadeira para quem é gorda, mas toda mulher tem o direito de se vestir com roupas de qualidade, confortáveis e adequadas para o seu tamanho; é lamentável que algo tão simples ainda necessite de tantos protestos para se tornar realidade.

Foto de capa: Spartacus Breches / Divulgação


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Beijões Queen Size,

Claudia Rocha GorDivah